Quando viajamos a passeio ou a negócio devemos observar os hábitos, os costumes, o portar dos habitantes dos locais visitados. Justamente o que faço nesta minha rápida estadia por algumas cidades da Itália. Tenho observado sobretudo os museus e o trato da coisa pública. Levo alguns subsídios para nosso Instituto. Para a cidade, teria, mas de que vale uma rede armada …………. Pilako que o diga.
Vamos comentar um fato que não diz respeito à Vitória de Santo Antão, mas que é bem interessante. Sai de Milão para Florença, a pérola da Renascença. Chegando às portas de Florença resolvi mudar o roteiro e segui para Pisa. Lembrei-me que na catedral de Pisa tinha um candelabro, que eu já vira anos atrás. Desejei rever esta peça. Dirá o caro leitor, que bobagem! Parece realmente, à primeira vista, uma grande bobagem. Este candelabro serviu como experimento ao famoso cientista Galileu Galilei. Aquele que concluiu, após estudos, e teve a ousadia de afirmar, contrariando todos, que o sol era o centro do nosso sistema planetário. Um dia, Galileu, que era cientista, mas não era ateu, foi à catedral orar. Na penumbra, ainda a mesma, enquanto meditava, observou o candelabro que oscilava. Analisou detalhadamente o movimento e tirou suas dúvidas sobre a teoria, que estava elaborando, sobre o movimento pendular. Transportei-me, 500 anos atrás, e fiquei imaginando Galileu, observando o oscilar daquele candelabro. No êxtase, fui violentamente acordado pelo pipocar de dezenas de “flashs” de turistas incautos que desavisadamente, com certeza, não conheciam a importância daquele candelabro que tanto contribuiu para as conclusões do preclaro cientista. Turistas que saem tão vazios quanto entraram. Fotografei o famoso candelabro e repasso sua imagem aos meus caros conterrâneos.
Pedro Ferrer