Primeira Feira de Agosto – ano não registrado.

A partir da segunda metade do XVIII (1757), nossa cidade já demonstrava uma inclinação para a atividade canavieira. No final do século XIX nosso município já contava com 92 engenhos produtores de açúcar e ou produtores de cachaça, é o que nos conta o livro República da Cachaça escrito pelo professor Pedro Ferrer.

A tradicional 1º Feira de Agosto, realizada sempre no primeiro sábado do mês, e a 1º Feira de Setembro, realizada também na primeira feira (sábado) de setembro em nosso município tornaram-se os eventos comerciais mais importantes da região. Nestes encontros os senhores de engenhos faziam seus apontamentos, comparando ferramentas,  animais e até escravos para o trabalho pesado.

Consta em nossos arquivos que a população de nossa cidade em 1838 contava com 19.822 habitantes. Sendo 13.764 livres, 1.657 libertos, 4.400 escravos e 1 estrangeiro, assim distribuídos.

Pois bem, digo tudo isso para realçar a importância no contexto histórico da nossa cidade das tradicionais feiras de agosto e de setembro. Com o passar dos anos a atividade canavieira da nossa região, por questões macroeconômicas, perdeu força e consequentemente arrefeceu a importância comercial das nossas feiras.

Pois bem, isto posto quero chamar à atenção do internauta para este patrimônio imaterial de mais de 200 anos que são as tradicionais feiras de Agosto e de Setembro.

No próximo sábado (07), por força da tradição, nossa cidade sediará mais uma  1º Feira de Setembro. O local reservado para o evento é o “novo” Parque de Exposição da Cidade. O grande problema é que registramos no último sábado (24), lá no parque, que o lixo da 1º Feira de Agosto, realizada lá no primeiro sábado (03)  deste mês, ainda não foi recolhido.

O prefeito Elias Lira está pouco se lixando para cidade, para os munícipes, para a história  e muito menos para o nosso Patrimônio Imaterial. Além da falta de apetite administrativo, falta-lhe respeito ao cargo que ocupa, para não  dizer que falta vergonha na cara.