Diz o ditado: “cada cabeça é um mundo”. A lógica então, nos impulsiona a imaginar que existem, entre o céu e a terra, muitos “mundos” nesse nosso mundo.
Diz outro ditado, “que nem os dedos das mãos são iguais”, imagina então todas as pessoas que tem duas mãos? Mas, para as pessoas criadas dentro da mesma cultura social, como também dentro dos mesmos princípios religiosos e familiares, o Natal é sempre Natal.
É quase impossível, viver um “novo” Natal, sem que de imediato não nos reportemos aos outros, evidentemente, já vividos. Digo isso, justamente para lembrar que esse é o segundo Natal da minha vida sem a presença do nosso pai, o sempre acolhedor, Zito Mariano.
Entre tantos ensinamentos e exemplos deixados pelo nosso pai, a todos que tiveram o privilégio da sua convivência, principalmente os familiares, em especial os filhos, o Natal sempre foi uma referência. Homem de fé católica festejava o nascimento do menino Jesus com muita alegria e devoção.
Homem de poucas palavras e resumido vocabulário, mas que na sabatina da vida figurou nas primeiras colocações. De certa forma, papai tinha dificuldade de externar seus sentimentos, certamente, pelo fato de ter sido criado em um ambiente sem muito diálogo, meu avô, Zé Mariano, não chegou nem a conhecer os pais nos primeiros anos de vida, e mesmo assim, o pouco que conseguiu transmitir aos seus foi infinitamente maior do que recebeu.
Esta semana, talvez por providências “natalinas”, encontrei minha irmã Eliane, em seu escritório, relendo um cartão recebido de papai escrito de próprio punho que a coloca, de certa forma, em lugar privilegiado, até porque, escrever nunca foi também outro forte de Seu Zito.
Dizia o cartão:
Transcrição:
Eliane
Você é uma pessoa de mente fértil, e que tem servido a muita gente, e para não cansa-la, estamos lhe presenteando êste travesseiro para descansar esta cabeça nas horas vagas; a condutora desta mente prodigiosa que tanto nos faz bem.
Parabéns.
Papai e Mamãe
12.10.2001
Sendo assim, fica nossa irmã Eliane, sendo o (a) único (a) a receber concretamente, neste Natal, um presente de Seu Zito, contudo, é bom frisar, que o maior de todos os presentes, já recebemos, até porque carregamos nas próprias veias o “sangue bom”, fruto da vontade de Deus, materializados no livre arbitro nas pessoas de Zito e Anita.
Pilako, como você consegue transformar um simples encontro em meu escritório em matéria tão emocionante?
Este cartão e um de meus preferidos…..porque será?
Agradeço os elogios, mas papai tinha um jeito especial e individual para identificar cada um de seus filhos! Cabe a cada um apenas perceber ! Em seu jeito simples de ser era sábio ! Sou e serei sua eterna fã e filha e por isso feliz!
Aproveito a oportunidade para parabeniza-lo pelo blog e desejar a todos os vitorienses, inclusive você UM FELIZ ANO NOVO!
Pilako, emocionei-me com a matéria “Só Eliane ganhou…”. Fez-me lembrar também dos 19 anos da morte de meu pai e do medo diário da partida da minha mãe, hoje com 76 anos. Pedindo a Deus que a deixe conosco por mais um longo tempo. Parabéns pelo Blog. Sou um leitor diário, onde inclui o blog nos meus favoritos. Desejo a você, sua família e a toda equipe do Blog um Feliz 2013, repleto de muita saúde, paz e realizações. (Alexandre Pimentel e família)