Políticos e Praças: uma relação desastrosa

A campanha eleitoral em nossa cidade continua com muita “fumaça e pouco fogo”, ou seja, muitas músicas, muito oba oba, cada candidato querendo demonstrar mais “força”, apenas no volume de gente em caminhadas/carreatas, mas, já com relação às prestações de contas para o eleitor e os compromissos com as soluções dos problemas, praticamente até agora, nada foi apresentado.

Muito bem, atendo-se apenas para o debate sobre as praças da cidade, podemos observar que tanto Elias Lira quanto José Aglailson não tem do que se gabar, isso porque, na gestão do Governo Que Faz as praças foram abandonadas ou simplesmente sumiram da noite para o dia como foi o caso da Praça Duque de Caxias.

Já na gestão do Governo de Todos, existe uma tentativa desesperada de esconder o abandono e a falta de cuidado com as praças tentando “valorizar” a reforma da  Praça da Matriz, obra aliás, programada para ser  “capitalizada” para duas eleições, o início das obras coincidentemente foi na semana da eleição (2010) criando assim um impasse para sua conclusão, sendo necessário, por conta dos atrasos nas obras, cobranças da reportagem Rede Globo.

As praças em Vitória nunca foram exatamente uma preocupação dos nossos políticos. Praças bem cuidadas aumentam em muito a qualidade da vida da população, os ganhos para as pessoas de todas as idades são inquestionáveis.

Apenas à título de curiosidade o local onde hoje funciona o Fórum da cidade, em um passado não muito distante, era a Praça Professor Juca área de lazer da criançada do entorno daquela localidade, que foi  suprimida para dar lugar a uma “selva de pedra”.

Na Rua Dom João Costa, próximo ao Colégio Senador João Cleofas, salve engano, uma praça foi construída e inaugurada em 1982 a Praça Rútilo de Melo e “invadida”, anos atrás, para dar lugar a uma delegacia de Polícia.

No Alto da Bela Vista, se observarmos bem a praça Principal, encontraremos mutilações em suas extremidades, para construções de escola (Manuel de Holanda) e Posto de Saúde, não que sejamos contra escola e posto de saúde, o que não se pode é praticar a chamada autofagia urbana.

Em um passado não muito distante foi construído uma “praça”, a chamada Praça do João Murilo, aparentemente, apenas para dar alinhamento para uma penca de invasões de  “empreendimentos sistemistas” ao DETRAN.

Pois bem, poderia citar tantos outros maus exemplos de como os caciques políticos de nossa cidade se utilizam de formulas pouco ortodoxas e republicanas para por em práticas suas liturgias eleitorais. Sendo assim, perdoe-me Castro Alves, quando disse que a praça é do povo, pois na Terra de Diogo de Braga as praças servem mais para os políticos usarem e abusarem…. Até quando?

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