Manaus e Vitória

Como não poderia ser diferente, a capital amazonense está fervilhando. Os políticos, no mesmo ritmo dos nossos, fazem promessas mirabolantes, impossíveis de serem atendidas.

Manaus é uma cidade com lixo em vias centrais, falta de água, praças abandonadas, prédios mal conservados. No quesito praças, elas se assemelham. Assim como Vitória, Manaus (refiro-me ao centro da cidade) só tem uma praça organizada (praça da Polícia) conservada, florida e bonita. Esta praça lembra a nossa da Matriz, só que a nossa é bem superior. As demais praças de Manaus, que eu conheci, estão tão abandonadas quanto as nossas outras. Mas há um detalhe, amigo Pilako, no qual Manaus perde para Vitória, não há animais soltos nas ruas.

Vamos aos aspectos positivos da capital amazônica: o teatro da Amazônia, fruto do tempo áureo da borracha, é lindo e gigantesco. A visita custa R$ 10,00. Do teatro descemos a pé até o porto fluvial, passando e visitando a catedral, o velho relógio e a alfândega.

No final conheci a Academia Amazonense de Letras. Lembrei-me, com entusiasmo e saudade dos acadêmicos vitorienses. Mais do que saudade de Severina Moura, Serafim, Fátima Santos, Savana, Egídio, Lúcia Martins, Aldenísio, Gasparina, Arquiles, Rafael, Valdinete e Luciene Freitas, a tristeza invadiu-me e um sentimento de frustação e revolta aflorou no meu interior. Sede organizada, reformada e bem conservada, tudo com o apoio do poder público. Fiz um paralelo com a mísera situação do Sobradinho da rua Imperial que aguarda a complacência do nosso gestor municipal.

Pilako, seguem fotos: uma do teatro e duas da Academia. Abraço e recomendações a todos.

Pedro Ferrer

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