Cadê as YANES da nossa Vitória?

Foto: Divulgação

Classificado no 22º  lugar no quadro de medalhas na Olimpíadas de Londres, a participação do Brasil foi bem abaixo da expectativa. Para um país que se prepara para sedia os maiores evento esportivo – Copa do Mundo e Olimpíadas do Rio – nos próximos quatro anos, convenhamos, ficamos “mal na fita”.

Em contraponto, principalmente para nós pernambucanos, ao fiasco brasileiro na terra do Agente 007, a nossa Yane Marques, sertaneja da cidade de Afogados da Ingazeira, subiu ao podium para receber uma medalha (mesmo que de bronze), que reflete a vitória,  não apenas da atleta, mas da superação, da determinação e, porque não dizer, da vitória contra a discriminação.

Ao testemunhar, a heroica vitória da Yane, meus pensamentos, quase que instantaneamente, me fizeram indagar a  seguinte pergunta: quando teremos um vitoriense com uma medalha olímpica no peito?

Muito bem, diz o cantador Santana, na música “A Natureza das Coisas”, que toda caminhada começa no primeiro passo, sendo assim, não saberia responder, ao certo,  quando iremos ganhar a nossa primeira medalha, ou até, se já deveríamos ter ganho, mas uma coisa posso afirmar com toda convicção, o primeiro passo foi dado em 1972.

Foi justamente há quadro décadas, mais precisamente no ano de 1972, quando o Prefeito José Augusto Ferrer construiu uma piscina olímpica no que seria o futuro Centro Desportivo do Município no Loteamento Jardim Santo Inácio, local  onde hoje  encontra-se a AABB.

Piscina olímpica do Parque Esportivo, hoje pertencente à AABB – FOTO: JOSE AUGUSTO FERRER “Sim, sim… não, não!”

Pois bem, se esse projeto, o que poderíamos chamar de um “embrião olímpico” para nosso Estado e até para o Nordeste, fosse dado continuidade, lá atrás, pelos gestores que sucederam José Augusto. Tenho a impressão que se já não tivéssemos trazido alguma medalha olímpica para nossa cidade, com toda certeza teríamos, ao longo do tempo, transformado o destino de muitos dos nosso jovens que, hoje, já maduros, alguns deles disputaram “medalha” no mundo dos “errados” ou  até chegaram antes do tempo, no “podium” do Cemitério São Sebastião.

Apenas para registro histórico, foi o Prefeito Ivo Queiroz, junto com o seu irmão o  deputado Henrique Queiroz que, seguindo um dos ensinamentos “cruéis” da famosa “cartilha do atraso” cuidou de desarticular mais um projeto que tinha como princípios transformar vidas e concretizar sonhos, tal qual o da sertaneja Yane Marques que, contrariando todos os prognósticos, é um exemplo de vida.

Se hoje, colhemos em nossa cidade índices de violência e famílias desestruturadas, podemos sim, colocar parte deste débito na conta dos irmãos Queiroz, que de maneira  macabra e sem seguir nenhuma lógica consistente, destruíram o centro ao fazer uma negociação prejudicial para o município, tanto do ponto de vista econômico quanto social à época com o Banco do Brasil.

Sendo assim, essa é mais uma triste história que contamos do nosso município, ocasionadas por aqueles, que tinham como obrigação constitucional cuidar do futuro das pessoas, mas que apenas, como uma espécie de “exterminadores de futuro”, só tiveram preocupação de cuidar dos próprios interesses.

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