Espetáculo cômico e dramático

Mal passou o primeiro mês e já deu para perceber que enfrentaremos um espetáculo cômico e dramático durante o ano.

O carnaval está às portas e os clarins anunciam a chegada do Zé Pereira e do rei Momo. Os vitorienses, protagonistas desse espetáculo, arrumam-se nos bastidores e camarins.

Um a um iremos desfilar perante a vida. Uns erguerão o troféu da vitória, outros, menos avisados ou pouco bafejados pela sorte, chegarão ao final da jornada um tanto quanto estropiados, outros menos afortunados, morrerão. Que papeis nos caberão? Protagonistas  principais, atores de segunda classe, marionetes, palhaços ou mágicos? É bom nos armarmos de tudo, um pouco. Sobretudo de magia e comicidade. Em alguns momentos o povo precisará de mágica para sobreviver ou de comicidade para se iludir.

Teremos, na política, um ano muito difícil. A disputa será renhida. Os prováveis candidatos, Elias e Aglaílson, azeitam suas máquinas e já colocam os blocos nas ruas. Mais uma vez teremos uma eleição polarizada. Não haverá debates. Os temas e problemas que mais atormentam a população ficarão a reboque. Seus anseios não serão atendidos.

Podemos comparar ainda o ano que se inicia a uma viagem de barco. Uma viagem árdua onde é preciso tudo compartilhar. Todos têm direito a usufruir dos bens, por Deus colocados, à nossa disposição. Os políticos ainda não tomaram consciência total da necessidade da partilha,  todavia chegaremos lá. O povo, pouco a pouco vai se politizando, tomando conhecimento de sua força e de seu poder reivindicatório. Apesar deles, amanhã será novo dia.

Pedro Ferrer

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