Auto das 7 luas de barro.

Professor José Aragão resmungava, esperneava, mas não parava de gritar e conclamar os vitorienses para participarem da vida cultural da cidade. Os diminutos públicos o entristeciam, mas não desistiu. Lutou pertinazmente, por aquilo que ele sempre considerou a seiva da sua vida, e da sua e nossa Vitória de Santo Antão.

“Auto das 7 luas de barro”. Belo espetáculo encenado por uma troupe de Caruaru. Esta peça, que é a biografia do Mestre Vitalino, vem sendo apresentada há 33 anos. Lidera o elenco Sebastião Alves (Sebá Alves) figura por demais conhecida no meio artístico pernambucano.

Quem não assistiu, perdeu, e como perdeu. Texto excelente, boa iluminação, músicas, cenografia, etc,etc,etc. Espetáculo que merecia no mínimo um público de 30 pessoas.

Onde estavam os que promovem ou querem promover as artes na cidade? Dos envolvidos com arte cênica presente apenas o Clayton Santiago. Mais uma vez passamos vergonha.

Não vai deixar de aparecer alguém que diga: mas eu, nem ouvi falar. Cala a boca babaca.

Espetáculo bem divulgado em rádios, em blogs, em carro de sons pelas principais artérias. Porra, duzentos convites distribuídos e apenas duas dúzias de espectadores.

O Instituto promove, se interessa, marca presença na vida cultural da cidade e ninguém aparece. Ninguém, não, tinha duas dúzias de pessoas que sabem fugir da telinha e que têm bom gosto e merecem nosso respeito.

Pedro Ferrer

1 pensou em “Auto das 7 luas de barro.

  1. Prezado Pedro Ferrer,

    Você nem me conhece, mas sou sua fã e grande admiradora por tudo que você realiza nesta cidade, admiro seu trabalho e queria muito que você fosse prefeito de Vitoria ai sim! Vitoria seria arrojada e grandiosa de verdade, pena, muita pena porque em Vitoria não se valoriza o presente nem o futuro.
    Há!, sou muito amiga da senhora VANETE, você aconhece? kkkkk, grande abraço e boa sorte.
    Socorro Santo

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