SOBRE A BREVIDADE DA VIDA – por Sosígenes Bittencourt.

O ser humano é um animal sem solução. Todo ser humano tem um livro escrito na memória que vai folheando, folheando… Às vezes, desprende um aroma. É o passado intrometendo-se na vida da gente, o passado sempre presente.

A brevidade da vida relembra o poeta romano Horácio (65 – 8 a.C.), agoniado com a fugacidade do tempo: Eheu! fugaces labuntur anni!: Ai de nós! os anos correm céleres.
Tudo que nos mantém vivos, nos mata. Sem o oxigênio, morreríamos; por causa do oxigênio, morreremos. Sem colesterol, morreríamos; por causa do colesterol, morreremos.

Se não comêssemos, morreríamos; porque comemos, morreremos. Tudo que nos faz viver corrói a vida. Tudo que auxilia na vida, auxilia na morte. Por isso, é preciso esquecer a brevidade da vida e usufruir da preciosidade do tempo. Ninguém tem obrigação de pensar na morte, aquilo que só acontecerá uma vez na sua vida. Portanto, contra a contrariedade de pensar na morte, a liberdade de não pensá-la.

Efêmero abraço!
Sosígenes Bittencourt

 

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