Como nasceu o sentimento de subjugação dos EUA com o Brasil? – por Siga: @historia_em_retalhos.

A história explica!

Ainda no século 19, o então presidente norte-americano James Monroe lançou a sua conhecida “Doutrina Monroe”.

Com o discurso de “América para os americanos”, Monroe baseava a sua doutrina no princípio da não intervenção externa nos assuntos internos dos países americanos.

Porém, ao mesmo tempo em que buscava manter a região livre da interferência estrangeira, Monroe queria, na verdade, afirmar a influência norte-americana na região.

E, de certa forma, conseguiu.

Esta política externa de controle das américas acentuou-se no século 20.

Inicialmente, temendo a influência nazista na região, por meio de fortes incentivos financeiros e de uma calculada aproximação cultural, os EUA promoveram, por exemplo, personagens estereotipados, como Zé Carioca, na esteira da chamada “política da boa vizinhança”.

Esta medida, dentre outras, garantiu o apoio do Brasil aos aliados na Segunda Guerra Mundial, tornando o nosso país, a partir daí, ainda mais imbrincado à influência norte-americana, notadamente, após o fim do conflito armado, com a configuração da Guerra Fria entre os EUA e a antiga URSS.

Vencedor da guerra e consolidado como grande potência mundial, os EUA levaram o seu expancionismo ao extremo, ao ponto de apoiarem golpes militares em diversos países, como fizeram no Brasil em 1964 (“Operação Brother Sam” e “Operação Condor”).

Este é, em poucas palavras, o pano de fundo histórico, que trouxe consigo efeitos colaterais negativos.

Tal sentimento de subjugação, olhando para o Brasil como parte de seu quintal, gerou nos brasileiros aquilo o que Nelson Rodrigues sabiamente denominou de “complexo de vira-lata”.

Trata-se de uma percepção negativa, da falta de autoestima dos brasileiros com relação à própria identidade nacional.

Como consequência, este complexo de inferioridade induz o brasileiro a autodepreciar-se, a acreditar que o Brasil, a sua cultura, o seu povo e as suas realizações são inferiores aos de outras nações, especialmente aos dos EUA.

Não é raro assistirmos à postura de alguns reconhecendo e até buscando como legítima a tutela norte-americana em assuntos internos brasileiros, malferindo a soberania nacional.
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Isto é vira-latismo puro.
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É consenso em matéria de relações internacionais que a primeira condição para uma nação tornar-se realmente respeitada é não abrir mão de sua soberania plena.
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Para tanto, a bandeira brasileira jamais poderá ser a norte-americana.
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Aqui é o Brasil.
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E o Brasil é soberano.

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