AO PÉ DO HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO – por Sosígenes Bittencourt.

Ao pé do Hospital da Restauração, há uma série de pequenas lanchonetes. Nelas, tem de tudo, de hambúrguer a feijão com arroz. Só não pode despachar bebida alcoólica. É proibido. Você pode ser convidado a se retirar, o que lhe tiraria a fome. Mas, pode cometer outros vícios, como comer demais, por exemplo.
– Aqui, vende bebida, madame?
– Olha, aqui não, é proibido.
Insistir para ingerir bebida alcoólica ao pé do Hospital da Restauração, não tem solução, é caso sem remédio.
Vem uma senhora gorda, balançando como um barco numa beira de cais, senta-se e pede o cardápio. Olha… olha… Daí a pouco, chama a despachante:
– Me dê uma galinha à cabidela.
– Pois não. – Responde a magrinha.


A freguesa põe a mão na Bíblia e começa a dar explicações sobre pecado, vícios e a Salvação da Alma. Entre uma explicação e outra, uma bocanhada na suculenta galinha à cabidela e uma “Aleluia!”
Era dessas criaturas falantes que dão discurso em saleta de dentista, advogado, penduradas em ônibus suburbano, fila do INSS, manicure e etc e tal.
Uma diferença entre o Tabagismo, o Alcoolismo e a Gula é que o tabagista faz fumaça, e todo mundo vê; o alcoólico cai na rua, e todo mundo vê; enquanto a Gula pode passar despercebida pelos homens, e só Deus perceber.
Pecaminoso abraço!

Há quatro anos…..

Sosígenes Bittencourt

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