
Não é comum alguém abrir mão de alguma coisa que tem por direito, sobretudo quando esse “direito” lhe mantém em espaços privilegiados de toda ordem.
Desconheço, além do publicado na grande imprensa, outros motivos que levaram o Ministro Barroso a antecipar sua aposentadoria.
O fato concreto é que – por direito – ele poderia continuar sentado numa das cadeiras mais importantes do País até completar 75 anos de idade, mas, aos 67, resolveu fazer diferente. Abriu mão do poder que o cargo lhe conferia.
Daqui pra frente, independente do caminho que queira ou vá seguir, sob minha humilde ótica, até porque desconheço a trajetória de vida do carioca de cidade de Vassouras, Roberto Barroso, imagino que sua decisão tenha por objetivo lhe proporcionar mais qualidade de vida, que é bem diferente daquilo que chamamos de padrão de vida.
Portanto, quero crer, que com essa canetada (ato de aposentadoria) do agora ex todo poderoso Barroso, sua biografia, como profissional, se agiganta. Sua contribuição para a sociedade como ser humano, através do exemplo, nos ensina que a vida, bem diferente do que a sociedade nos ensina e até, de certa forma, nos impõe todos os dias, é mais do que poder, dinheiro e ostentação.
