CRISE SACRIFICA O CRISTO

Crise crucifica o carioca e sacrifica O Cristo,

horrorizando a Cidade Maravilhosa.

Cristo era humilde e operava milagre,

mas, no Rio de Janeiro, o Cristo Redentor,

“de braços abertos sobre a Guanabara”,

custa 5 milhões por ano e precisa da caridade humana.

Convém flexionar-lhe os braços,

estendendo suas mãos à misericórdia cristã.

Todavia, como trata-se de grana,

o egoísmo humano compromete a dádiva.

Para onde irá a cuia da bilheteria,

depois de contabilizada pela Paineiras-Corcovado?

A arquidiocese roga socorro à fidelidade católica

e curiosidade turística universal.

O Cristo do Rio carece da caridade humana,

sofre, nas intempéries, calor e frio,

necessita do calor humano,

o homem voltar-se para o coração,

da decisão latina:

COR – CO – VADO

(Eu vou para o coração).

Sosígenes Bittencourt

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *