Mestre Aragão: um vitoriense IMORTAL.

Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, ainda é devedora de uma  grande homenagem  a um dos seus filhos mais ilustre. Outro dia, em uma roda de bate-papo formada por bons conterrâneos, enumerei, sob minha visão, os dez maiores vitorienses de todos os tempos. Na minha lista, o nome de José Aragão Bezerra Cavalcanti  foi grafado de maneira destacada.

Em vida, o Mestre Aragão recebeu muitas homenagens, todas elas, diga-se de passagem,  justíssimas. O auditório da FAINTVISA e o Teatro Silogeu do Instituto Histórico, estampam  “sua graça”. Ele também emprestou seu nome ao Terminal  Rodoviário Local. Salve engano, só isso e mais nada para reverenciar o Mestre.

Pois bem, quando falo: “só isso”, não estou menosprezando as lembranças e homenagens, que aliás são relevantes. Mas, se levarmos em consideração a eminente figura do Mestre Aragão juntamente com sua atuação nas mais diversas frentes em prol da  comunidade vitoriense, logo veremos,  que  só estas,  foram  aquém da sua estatura cidadã.

Sem querer estender-me  na vasta folha de serviços prestados pelo Mestre à sua pólis, gostaria apenas de  ater-me  à sua mais importante obra, escrevendo, desde o povoamento da então Cidade de Braga (1626) até as últimas décadas do século 20 (1982), obra esta, que vem sendo continuada por uma junta de intelectuais vitorienses.

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Nas últimas décadas nossos governantes,  por falta de conhecimento histórico ou até por falta de espírito público, não se preocuparam em promover ações que realçassem a importância do Mestre Aragão para as gerações vindouras. Volto a dizer: Vitória continua  devedora de uma grande homenagem a este homem.

Neste sentido, então, o que esperar daqui pra frente: apesar do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória manter acesa, diuturnamente, a chama edificadora do Mestre Aragão, os políticos da cidade que conviveram e os que não o conheceram, juntamente com os que não sabem da sua história, certamente, ignorarão sua importância.

Aliás, o que esperar de uma Câmara de Vereadores que no seu conjunto de membros,  a esmagadora maioria, não sabem nem   o nome da Praça aonde  o prédio da mesma está situada, muito menos,  que serventia tem o nosso Instituto Histórico. Tudo isso é profundamente  lamentável.

Resta-nos, apenas, para que se faça justiça histórica, apelar para que as futuras gerações formadas de cidadãos capazes e proativos, corrijam esta falta grave promovidas por todos  nós. Para mim, pelo menos fica uma certeza: estes políticos que hoje estão vivos e que tem a intenção, com a sua indiferença,  de apagar a história do Mestre Aragão, logo logo serão enterrados e devidamente  esquecidos, quanto que, o Mestre Aragão já mais será sepultado, isso porque, sua obra é imortal.

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