EU, GRAÇA, E A GRAÇA!

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Toda vez que chega o meio do ano, nós botamos pra pensar em setembro. Sobretudo, Graça Arruda, lá na Espanha. Ela enguiça o Oceano, inundada de saudade, e vem olhar pra gente, de um jeito todo familiar.

Eu me lembro de Graça bem novinha, de saia plissada marrom, cabelão, toda afogueada, com a fantasia do Colégio Municipal 3 de Agosto na Praça do Jacaré. Professores de História carolas chama-na de Praça da Restauração. Nem morto, dá para esquecer. Cruz credo!

Graça é uma graça na moldura do nome. Fácil de sorrir. Só me lembra o dramaturgo inglês William Shakespeare quando aprendeu que “o sorriso é a maneira mais barata de melhorar a aparência.” E a gente termina sorrindo por contágio, no milagre bioquímico da memória emocional.

Não fosse a internet, a gente partiria deste mundo e não se veria. Mas, agraciados por sermos do tempo da caneta-tinteiro e da nanotecnologia, terminamos por nos abraçar.

Neste sábado de junho, aqui onde nos conhecemos, está fazendo um sol frio, com um cheirinho de madeira queimando no ar. É tempo de São João, tempo de ovacionar o milho e dançar. Tempo de relembrar o tempo da gente menino. E você é o personagem que contracena comigo no palco desta manhã.

Mas, fique no sossego da esperança e da graça de nos encontrar, eu e demais amigos, para fazer a roda da vida girar.
Reminiscente abraço!

Sosígenes Bitttencourt

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