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Fazendo um cálculo médio, assumindo que os ônibus rodam quatro vezes por dia à Recife (uma média de 400 km/dia), cerca de 200 dias por ano e fazem isso desde a última gestão de Aglailson como prefeito (há cerca de 10 anos), temos que, por baixo, cada ônibus rodou de 800 mil a 1 milhão de quilômetros, o que equivale a cerca de 25 voltas ao mundo completas. Esses dados e a prática evidenciam que a frota esgotou seu tempo de vida útil e todos sabemos que, dessa forma, a prefeitura não manterá mais o serviço. Estamos mais ainda no limiar do fim do serviço com uma média de um ônibus quebrado (a menos) por dia.
Não esqueçamos que a iniciativa de regulamentação do transporte escolar inclui muitas outras posturas da gestão pública, não apenas a de manter o serviço (eficiente ou precário) ativo. Posturas como regulamentação de vida útil da frota, manutenção periódica e efetiva das condições de segurança, mecânica e limpeza, garantia de salários e carga horária condizentes com o piso da categoria de motoristas, conscientização dos usuários do serviço contra depredação do bem público e outras atitudes que uma gestão minimamente inteligente garantiria para aumento da conservação da vida útil da frota e, consequentemente, para a elevação do tempo do serviço.
Mais urgente que tudo, reconheçamos que estamos muito prestes a perder o serviço. Antes de regulamentá-lo, precisamos verificar e definir junto com o governo e estudantes as formas de captação de novos recursos pra manutenção/renovação da frota e se as partes possuem interesse em fazê-lo.
Saulo Lima, estudante.