O TAL DO BOLSA-FAMÍLIA

Duas mulheres revelaram, esta semana, que jamais apoiariam o impeachment de Dilma, pois recebiam Bolsa-Família. Uma delas, inclusive, salientou que votou em Dilma com medo de Marina Silva, porque Marina ameaçou cortar o benefício.

Indagada se ela conseguiria sobreviver com o Bolsa-Família, responderam que “não”, mas que, sem ele, seria pior.

Ora, nenhum cidadão de vocação judaico-cristã seria contra qualquer benefício financeiro concedido, pelo governo, ao povo. Contudo, os beneficiados pelo Bolsa-Família não compreendem que o auxílio é um anzol para pescaria de voto e não avaliam os malefícios causados pelo desmoronamento dos serviços públicos.

O nível de percepção de nosso povo é muito prejudicado pela falta de educação. Daí, muitos, esquecerem a dignificação do trabalho e se agarrarem ao Bolsa-Família como último galho ressequido em meio a uma inundação.

Esta observação, não obstante, não incrimina unicamente Dilma Roussef, mas todos que procederam ou procedem desta forma. Por exemplo, se Michel Temer e Aécio Neves estão de tal forma animados com o impeachment de dona Dilma, por que não cortam os benefícios que julgam eleitoreiros e mantenedores da miséria e anunciam investir em Educação, Segurança e Saúde, para enfrentar as urnas como cidadãos que dignamente resgataram o povo dos crimes cometidos pelo PT? Fica a indagação.

Sosígenes Bittencourt

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