No programa Boca Quente, Vitória é uma cidade sem problemas….

Na tarde de ontem (12) caminhei pela Rua 15 de Novembro, aqui no Centro Comercial. Ao observar um bueiro aberto e com a grade toda esculhambada, posicionei-me para o registro fotográfico. Em ato continuo, um mototaxista que ia passando chamou-me pelo nome, apesar de não ter lhe reconhecido. Disse ele: “Pilako, não é só esse que está quebrado, tem uma grade dessa, ali em frente à Loja Ferreira Collor que está mesmo que uma navalha. Tem também aquele buraco na saída do Beco do Cornélio que você até já colocou no seu blog,  eu já vi”.

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Após escuta-lo atentamente, continuei no meu destino. Com pouco mais de dez passos dados, um outro rapaz que estava trabalhando na recuperação da uma grade de ferro no Banco Bradesco, parou-me e disse: “Pilako, te acompanho no Face “meu irmão” queria que você visse essa questão do DETRAN daqui de Vitória, fui matricular minha “cinquentinha” e não consegui, mim mandaram para Recife “meu irmão”,  por coisa que em outras cidades do interior como Limoeiro tá se  resolvendo. “Bicho” a gente tá tendo que pagar frete de 200 “conto” para  uma camionete levar  a motoneta para Recife, é uma vergonha as coisas aqui em Vitória”.

Por pura coincidência, neste ínterim, desceu de um automóvel, com destino ao Banco Bradesco, o amigo economista e professor da FACOL, Omar Santos. Ele, que  por sinal observou a “galera” conversando comigo, é um sujeito muito bem  preparado e portador de um alto nível de cultura geral. Ao relatar, em rápidas palavras, na medida em que  nos deslocávamos juntos pela mesma calçada, às “reclamações” da população, disse-me ele: “você com esse  blog  é uma espécie de Ombudsman da cidade”.

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Pois bem,  para quem nunca ouviu falar nessa expressão, Ombudsman, em uma rápida pesquisa na internet, podemos chegar na seguinte definição:  “é uma palavra de origem sueca, com tradução aproximada de “aquele que tem uma delegação” ou “aquele que representa”. Também recebeu versões como “ouvidor” ou ainda de “advogado do leitor”, no caso da atuação em jornal”..

Muito bem, por conta de uma atividade extraordinária, ocorrida nas primeiras horas da manhã de hoje (13), acabei escutando, por completo, o programa da Rádio Vitória FM “Boca Quente”. Confesso que, devido à falta de conteúdo, não tenho mais interesse de escutar  esse programa “chapa branca”. Mesmo sabendo disso, como já havia um bom tempo que não acompanhava, acabei escutando para saber se havia melhorado. Apesar do programa ter um bom apresentador, o Paulo Roberto, e um excelente repórter, o José Sebastian, o “Boca Quente” continua conseguindo ser pior a cada dia que passa.

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No  “Boca Quente”,  que ocupa duas horas na grade da programação da rádio, o ouvinte é obrigado a escutar pelo menos 70% do tempo de comerciais gravados. Quando o locutor começa falar: é mais propaganda no estilo disfarçada.

O curioso é que o nome da rádio é “VITÓRIA FM”, mas, o que menos tem, é noticia sobre a cidade da Vitória, claro, se não for para levantar a “bola” do prefeito e do seu filho deputado.

Hoje, por exemplo, entre outro assuntos, o locutor mencionou várias vezes, que a cidade de Caruaru é a mais violenta. Falou de uma revista no presídio de Garanhuns, de um assalto a um empresário no município do Cabo de Santo Agostinho e de um assassinato na cidade de Bom Conselho. E eu pergunto: o que é que o povo da Vitória tem haver com isso? Já não bastam os problemas daqui?

Para tapear, sobre nossa cidade, o programa agora está com um quadro sobre futebol (faz tanto tempo que não escuto que não sei nem quando isso começou). Sobre os problemas que afligem a população local, apenas duas frases no finalzinho do horário: falta de água nos bairros do Mario Bezerra (um mês) e Lídia Queiroz (25 dias). Um bazar na Igreja e um oficio de uma entidade agradecendo à rádio. O programa tá tão esvaziado que acabou dez minutos antes, bem diferente do tempo em que o prefeito era o folclórico José Aglailson e que esse horário da rádio, servia apenas para descer a lenha na gestão do Governo Que Faz.

boca-fechadaAliás, esses meios de comunicação na cidade, pertencentes aos  políticos, estão apenas a serviço deles, e não da população como diz a lei de concessão pública, para esses instrumentos de difusão de massa. Fica, então, uma pergunta: Por que é que a Rádio Vitória FM – Programa “Boca Quente” – não abre espaço para as reclamações da população?  Esse negócio de não deixar o povo reclamar do que  tá errado na cidade não é uma coisa correta, os proprietários, os diretores, os locutores e os atendentes, todos sabem que isso não ser leal ao ouvinte……

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Para encerrar, é possível que com esse procedimento, de “Tapar a boca do Povo”, o diretor da Rádio Vitória FM, “Luis Carlos da Rádio”, que pretende ser vereador da nossa cidade, seja mais uma vez penalizado  na campanha com a rejeição dos eleitores. Ora !! Como ele quer ser um “legitimo representante do povo” na Casa Diogo de Braga,  se a rádio que ele dirige não deixa a população falar ou se expressar? Nesse particular, para eleição do ano que vem (2016), o outro candidato “do rádio”, Jota Domingos,  certamente vai dar-lhe outra lapada nas urnas……

2 pensou em “No programa Boca Quente, Vitória é uma cidade sem problemas….

  1. Esse programas de rádios locais são uma verdadeira vergonha. Foram anos de ditadura para que o jornalismo pudessem exercer livremente sua função.

    Todavia, aqui em Vitória de Santo Antão, os radialistas, em sua grande maioria continuam, ainda, na era da ditadura.

    Recentemente liguei pra rádio Vitória no programa a “hora da verdade”. Minha intenção seria fazer reclamação a respeito das Ruas do CAIC que ainda não foram asfaltadas e da precariedade na coleta de lixo. QUANDO INFORMEI DO QUE SE TRATAVA A LIGAÇÃO A PESSOA DO OUTRO LADO DA LINHA FALOU O SEGUINTE: “TENTE EM OUTRO HORÁRIO, POIS, NESSE HORÁRIO, NÃO PODEMOS FAZEMOS RECLAMAÇÕES DESSE TIPO”. Lamentável.

  2. Pingback: Internauta João Fernando comenta no blog | Blog do Pilako

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