Até quando vamos cantar a mesma ladainha? No dia 12 de novembro de 2015, pela manhã, o transporte dos estudantes quebrou perto de Bonança. As fotos ilustram bem a condição de manutenção que o ônibus está e a razão pela qual os estudantes sempre insistem nesta mesma tecla: estão correndo risco de vida.
Os estudantes por sua vez, organizados em comissão, já foram diversas vezes dialogar na prefeitura, participaram de audiências públicas e conversaram com diversos representantes do executivo. E a conversa é que a prefeitura não tem recursos para realizar a manutenção do transporte.
Podemos dar uma sugestão criativa para os nossos gestores. Que tal revisar o contrato a prestação de serviço de alguns fornecedores? O que justifica a SinalPark receber 91,5% da arrecadação do estacionamento rotativo, enquanto o município fica apenas com 8,5%? O que justifica a Locar recolher 170 toneladas de lixo e a prefeitura empenhar mais de 16 milhões neste serviço, enquanto Garanhuns (cidade com uma população parecida com a nossa) que produz aproximadamente 150 toneladas de lixo, ter empenhado 7.340.965,22?
Essa é a tragédia dos estudantes: precisa de um serviço de transporte (que tem importância social para o município), mas fica refém dos nossos representantes, que historicamente o utiliza como moeda eleitoral. Talvez nossos gestores só façam alguma coisa quando essa tragédia se afastar de seu sentido grego e se converter no sentido mais moderno do termo: aquele que significa um acontecimento perigoso acompanhado da mais absoluta tristeza.