A cada dia que passa, os conceitos e as opiniões que são expostas nas redes sociais possuem um valor cada vez maior de indignação. Para muitos, ficou fácil falar mal daquilo que não agrada, não querem ou não aceitam. O botão “curtir”, usado pelo Facebook e demais redes sociais, é uma das ferramentas mais poderosas em relação ao seu alcance, uma vez que através de um simples clique é possível mensurar se algo foi aceito ou não.

No entanto, algumas situações ficam embaraçosas quando do seu uso. É o caso, por exemplo, de quando se divulga a morte de um ente querido. Será que o botão “curtir” é apropriado para a ocasião? Certamente que não. É nesse momento que o botão “dislike” entra em ação. Ele chega como uma espécie de “estamos juntos”, “conte comigo” ou “eu também não gostei”.

Por outro lado, levando em consideração que as pessoas não foram educadas para usar as redes sociais, o botão “dislike” poderá se tornar o vilão nessa história toda.  Marcas, pessoas e serviços serão bombardeados por indignações torpes. A viralização – que hoje é o que representa o alto índice de aprovação e reprovação de um conteúdo – será acentuada de forma íngreme. E o conteúdo, que às vezes passaria por despercebido, aparecerá de forma altamente negativa.

Sendo assim, eis que os profissionais intitulados de “Social Media”, hoje responsáveis pela criação de conteúdo, planejamento e monitoramento das redes sociais, perceberão mais do que ninguém o poder dessa nova ferramenta. Sentirão na pele as consequências de um botão que chega para instigar a discórdia alheia, tendo eles que se utilizar de astúcia, equilíbrio e perspicácia para gerenciar as futuras crises que estão por vir.

Célio Meira Bisneto: Analista, estrategista, curador e gestor de conteúdo em redes sociais. Gosta de escrever (quando o assunto é pertinente) sobre o impacto de novas tecnologias  no comportamento humano.
Uma pessoa que adora viajar, descobrir novidades, aprender, filosofar e que fica feliz com chocolates, massas e cerveja.