Tiago Moura: um exemplo que o Brasil pode dá certo.

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Por volta do meio dia de ontem (12) assisti uma reportagem no programa Esporte Espetacular que recomendo, assim como, faço questão de repercutir aqui no blog. O conteúdo da matéria aludida realçou um trabalho esportivo, de cunho social, realizado aqui bem pertinho, na vizinha cidade de Feira Nova.

O vídeo abaixo conta a história de uma pessoa comum, mas que será eternizado na sua  cidade pela obra coletiva e transformadora e que poderá servir como exemplo de “amor a causa”  nos quatros cantos do mundo. Tiago Moura – que até o dia de ontem eu não sabia nem que existia – é um tipo de ser humano, entre os sete bilhões existentes, que enriquece o planeta terra.  Veja o vídeo:

Muito bem, se você já assistiu o vídeo ou acompanhou a reportagem, melhor. No momento em que o País trava uma discussão sobre a redução da idade penal, face à crescente delinquência infantil e juvenil, é exemplo como este, que prova que aquele bando de vigarista engravatado que defende a redução da menor idade penal não conhece o Brasil e, muito menos, a situação do sistema carcerário nacional. Criança é igual em qualquer lugar do mundo, basta-lhe ser apresentada a mínima centelha do exemplo (do mal ou do bem) que serão fies seguidoras.

Para uma criança que não tem acesso a oportunidade,  que lhe mostrem um caminho que não seja o seguido pelos parentes e até pela maioria dos pares da comunidade, reduzir a idade penal, é sentença prévia é a decretação da perenidade do abismo social quase intransponível, invariavelmente com presença peculiar nos países subdesenvolvidos, como o nosso.

A população telespectadora dos programas sensacionalistas, sem qualquer proteção ou filtro, é induzida e até conduzida – ou até tangida animalescamente – à “certeza” que o problema da bandidagem e a violência urbana, sobretudo ás protagonizada pelos menores de dezoito anos, é uma questão que será  resolvida apenas  com o cárcere ou simplesmente castigos físicos, como é o caso do crescente número de delinquentes linchados e mortos pela população que nutre a infeliz ideia da “justiça com as próprias mãos”.

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Anos atrás, fomos também induzidos a conceber que o problema da violência em todos estados da federação seria resolvido com o desarmamento do cidadão de bem. Fomos todos enganados novamente. Não existe mágica para acabar com a violência num Pais que falta quase tudo e que a vitrine governamental é um programa de transferência de renda mínima para amenizar a fome de uma parcela considerável da população.

O Brasil precisa acordar!!! Deixar de torcer menos por time de futebol. Deixar de achar que denominações religiosas são tábuas  de salvação coletiva! As “grandes pautas” da nação tem que deixar de ser travadas nas comissões de direitos humanos cuja função é apenas dividir a opinião pública e encher a bola dos políticos radicais.

O Brasil precisa mirar e focar nos bons exemplos que acontecem a revelia dos políticos e desse sistema impiedoso, viciado e cruel. Portanto, que as lágrimas da emoção do jovem Tiago Moura, nordestino da pequena cidade pernambucana de Feira Nova, possam  servir como assepsia desse lamaçal chamado HIPOCRISIA NACIONAL.

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