Escritores vitorienses tomam posse na UBE.

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No último dia 19, Vitória de Santo Antão marcou presença no meio literário pernambucano. Dois escritores,  Pedro Ferrer e Stephem Beltrão tomaram posse na Academia de Letras do Brasil. A posse dos dois conterrâneos ocorreu na sede da UBE localizada na rua Santana, bairro de Casa Forte, Recife. Bom público esteve presente e no final da solenidade, simples e organizada, foi oferecida uma sinfonia de “crepes”. A Academia de Letras do Brasil/Pernambuco é uma entidade de âmbito nacional com seccionais em diversos Estados. Em Pernambuco ela foi instalada no dia 10 de agosto de 2012, tendo como presidente uma outra vitoriense, por adoção, Luciene Freitas. A Academia tem por finalidade, de acordo com seu estatuto: a difusão da cultura e o incentivo às letras e às artes. Em entrevista a esse blog, o professor Pedro Ferrer, salientou que sua posse como acadêmico tem, primordialmente, o intuito de divulgar e elevar nossa cidade e sobretudo o Instituto Histórico e Geográfico do qual é presidente. Continuando o professor Pedro Ferrer assim se expressou: cada novo acadêmico tinha a liberdade de escolher seu patrono. Escolhi um vitoriense, “Nestor de Holanda Cavalcanti”.

-Perguntei-lhe: por que Nestor de Holanda?.

– Não se fez de rogado e de pronto respondeu: “Nestor é vitoriense, filho e neto de vitorienses e um escritor de renome nacional que hoje se encontra no ostracismo por falta de divulgação. Nestor era um escritor polivalente que navegou em diversos setores das artes. Cursou a Faculdade de Direito no Recife e escrevia para jornais e revistas locais. Transferido para o Rio de Janeiro assumiu a direção de diversos jornais. Além de escritor e jornalista, Nestor perfilou como crítico teatral, poeta, teatrólogo, redator de programas humorísticos (escreveu quadros para Chico Anísio e Golias) e compositor. Na música compôs ao lado dos grandes nomes da música popular brasileira da época: Ari Barroso, Luiz Gonzaga, Lamartine Babo, Nelson Ferreira e outros. Entre seus livros citaria: Telhado de Vidro, A ignorância ao alcance de todos, Diálogo Brasil-URSS, O Mundo Vermelho, Sossego – Rua da Revolução, Jangadeiros etc. Dele diz a crítica “graças a seu estilo leve, bem-humorado, de marcante penetração popular, figurou entre os escritores que mais venderam no Brasil, e esteve entre os mais traduzidos”.

Um dos seus livros “Itinerário da Paisagem Carioca” lhe valeu o título de Cidadão Carioca, outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara. Em termo de projeção e de prestígio foi o escritor pernambucano mais conhecido e divulgado e que mais vendeu livros. Portanto, estou muito interessado em resgatar seu nome como literário em sua cidade natal e no estado de Pernambuco”.

-O Instituto tem seus livros?

-A biblioteca do Instituto tem todos seus livros. No museu do Instituto temos dois nichos onde figuram seis escritores vitorienses e um deles é justamente o Nestor de Holanda Cavalcanti.

O escritor Stephem Beltrão escolheu como patrono Manoel Dilson Lira, o Poeta.

Escusado falar sobre Dilson Lira o grande parnasiano vitoriense, ao contrário do Nestor de Holanda, sobejamente conhecido de todos os vitorienses, com certeza nossa maior expressão poética, disse-nos o acadêmico Stephem Beltrão.

1 pensou em “Escritores vitorienses tomam posse na UBE.

  1. Caro Amigo,
    Gostei muito de conhecer essa sua iniciativa de manter a história de seu Lugar. Parabéns.
    Eu procuro conhecer a história de Vida da Professora Amélia Coelho. Merecida homenagem em ter uma Escola com seu nome, mas pouco consegui saber sobre ela. O que poderíamos congregar sobre ela?

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