Engenho Galileia: UMA PARTE DA HISTÓRIA DO BRASIL.

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Na manhã do domingo (11) participamos do ato comemorativo pela passagem dos  60 anos da criação da Primeira Liga Camponesa do Brasil. O evento, como ao poderia deixar de ser, ocorreu nas terras do Engenho Galileia, aqui em Vitória.

Com a presença de  familiares dos protagonistas da história, representantes dos   movimentos sociais das mais variadas tendências, lideranças  sindicais, estudiosos, imprensa  e o público em geral, o evento foi marcado por muita simbologia.

Tudo começou na década de 1950 quando  pouco mais de 100 famílias, que viviam da agricultura de subsistência nas terras do Engenho Galileia, não conseguiram pagar o arrendamento devido aos altos valores cobrado pelo proprietário, Oscar Arruda Beltrão.

Porém o  quadro de dificuldade foi  agravado quando o filho de Oscar Beltrão, resolveu usar as terras do engenho para a criação de gado, atividade está que forçava a expulsão dos  arrendatários.

Estes, no entanto, inconformados, decidiram lutar pelo direito de permanecer na terra onde viviam e da qual tiravam seu sustento. 2 Na sua luta, angariaram o apoio de parlamentares e advogados, dentre os quais Francisco Julião.

Em 12 de julho de 1957, advogado e deputado Julião apresentou, na Assembléia Legislativa, O primeiro projeto de lei para desapropriação do Engenho Galiléia, argumentando que “a Constituição do Estado declara, no seu artigo 155, que ‘o uso da propriedade será condicionado ao bem-estar social'”. Mas o projeto foi desconsiderado pelo governo Cordeiro de Farias.

No bojo das comemorações de ontem foi inaugurada a Biblioteca José Ayres dos Prazeres que tem por finalidade, entre outras coisas, manter viva a história deste lugar. Ao final do evento uma feijoada foi servida aos presentes.

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