SOMOS OU NÃO SOMOS TODOS MACACOS ?

Fugindo um pouco da nossa pauta diária, Vitória de Santo Antão, hoje irei escrever, de maneira pontual,  sobre o poder da mídia. Não vou citar números de telespectadores, ouvintes, leitores ou internautas,  que  aliás, em se tratando de Brasil, cresce exponencialmente graças, entre outras coisas,  ao avanço  econômicos das famílias brasileiras.

Nesta questão envolvendo o PODER DA MÍDIA,  poderíamos citar vários exemplos. Desde  a mudança na  formação do tecido  familiar com a introdução e popularização do televisor  a partir do anos 70 no Brasil até o uso dos aparelhos que se tornaram uma espécie de “segunda pele” dos atuas pré-adolescente, os chamados Smartfones.

TV

Pois bem, nesta questão quero apenas me fixar em dois  caso semelhantes  acontecidos  recentemente,  onde  ambos  tiveram amplo destaque na chamada grande  mídia. Vale lembrar que o tema central nos  fatos ocorridos,  versão sobre o mesmo assunto (racismo), no entanto,  dispensado tratamentos diferenciados pela grande mídia  aos seus protagonistas.

Sem querer entrar neste  tema, sob  o pontos vista do “certo ou errado”,  “bonito ou feio”,  “bom ou ruim”, gostaria apenas de fazer a leitura pelas lentes do poder da grande mídia de influenciar as massas. Eis os fatos:

No final do mês de agosto,  em uma partida do futebol envolvendo os times do Grêmio e do Santos as câmeras de um canal de TV focalizaram  a jovem, Patrícia Moreira, gritando, junto com uma multidão, a palavra “MACACO” na direção do goleiro  Aranha do time do Santos. Como já disse, não quero entrar no âmago da questão.

Imagem: Internet.

Quem já frequentou um Estádio de futebol, sobretudo em dias de clássicos,  sabe mais do que ninguém, como se comportam as pessoas. Chamar árbitro  de filho de qualquer coisa, por exemplo, é regra, não a exceção. Caçoar do corte do cabelo do principal atacante da equipe adversária faz parte do “espetáculo”. Lembrar em coro a goleada sofrida  de 7×1 pelo selecionado brasileiro, na última copa, ao técnico Felipe Scolari, chega a ser “um orgasmos coletivo” dos torcedores do time adversário. Todas essas agressões, sob o olhar coletivo dos torcedores, são consideradas normalíssimas.

Voltando para a torcedora do Grêmio, Patrícia Moreira, gostaria de dizer o seguinte: qualquer  um de nós poderíamos estar no lugar dela. Segundo relatos da imprensa, sua vida, depois do infeliz episódio, virou de “ponta cabeça”. Aterão fogo na sua casa. Estão, através das redes sociais,  lhe “prometendo” um estupro,  além, claro, de toda as  complicações legais – Injúria Racial – que  a fizeram declarar, recentemente, que não era racista que, inclusive,   até já tinha “ficado” com um negro.

Imagem: internet.

Dentro do mesmo tema, o outro  acontecimento, ocorrido não muito distante do episódio  com a torcedora do Grêmio, Patrícia Moreira,  o mundo assistiu pela TV e internet, a bem humorada reação do jogador brasileiro do Barcelona, Daniel Alves, ao ser vitima do preconceito racial em um partida de futebol quando um torcedor jogou  uma BANANA na sua direção. O agressor, junto com o seu time, mandante de campo,  foi  identificado e punido exemplarmente. No entanto, a grande mídia preferiu dá destaque apenas  à reação do Daniel Alves  e às postagens nas redes sociais das celebridades, ao invés da ação do agressor.

Foto: Internet.

Foto: Internet.

Moral da História. Com algumas horas e com poucos dias depois do fato ocorrido com Daniel Alves,   algumas celebridades postaram fotos nas redes sócias dizendo: “SOMOS TODOS MACACOS”.  Daí em diante, torcedores brasileiros e uma verdadeira massa humana,  espalhada mundo afora, como uma espécie de “caixa de ressonância”  repetiram  também: “SOMOS TODOS MACACOS”.

Entre um fato e outro apenas uma pequena diferença: O PODER DA MÍDIA. Aí eu pergunto, como diz o Marcelo Rezende:  “SOMOS  OU NÃO SOMOS TODOS MANIPULADOS” ?

OU MELHOR: “SOMOS OU NÃO SOMOS TODOS MACACOS” ?

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