País vive “apagão” na formação de professores.

Esta manchete foi estampada pelo jornal o Globo do dia 11 do corrente. Considero a matéria aterradora. Só calcula os danos quem labuta no magistério. O Brasil importou médicos, “mais médicos” e terá brevemente, caso não seja tomada uma medida séria, que importar professores ou então contratar qualquer borra-bota para assumir nossas aulas. Professor não mata, todavia deforma mentes, arruiná ideais e frustra vidas. O fato já foi denunciado aqui nesta coluna diversas vezes. A FAINTVISA, que na origem foi criada para ser uma escola de formação de professores, teve que enveredar por outros caminhos, abrindo cursos na área de saúde e de pós graduação. Por que mudou seu rumo? Falta de candidatos para cursar as licenciaturas.

Não vemos o governo, em todos seus níveis, tomar medidas que tornem o magistério convidativo. Parcos salários, desvalorização do mestre e falta de respeito por parte dos pais e alunos. Pais que acobertam indisciplina e consideram seus anjinhos inofensivos.

 O mestre que se vire. O artigo do Globo expõe alguns números que passo ao leitor: a procura pela licenciatura em Português caiu 13%, Biologia 11% e Física que já tinha poucos candidatos caiu 2,9%. Esse fenômeno acentuou-se nos últimos quatro anos. Cada vez é menor a quantidade de estudantes que procuram cursos de licenciatura. É salutar lembrar que hoje em dia, é quase normal escolas sem docentes com formação adequada. De acordo com dados do Censo Escolar o percentual de professores sem licenciatura no ensino fundamental chega a 67,2%. Já no ensino médio atinge 51,7%. Esse apagão lança uma perspectiva sombria sobre o futuro do Brasil.

Pedro Ferrer

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