Parabéns para Seu Aluizio Ferrer.

Foto: Acervo Pessoal de Drayton Bandeira

Foto: Acervo Pessoal de Drayton Bandeira

Hoje, 28 de janeiro, é dia parabenizar, pela passagem de mais um aniversário natalício, o industrial Aluizio Ferrer. Seu Aluizio, como assim aprendi a chamá-lo, nasceu no mesmo ano (1928) do meu pai, Zito Mariano. Os dois foram contemporâneo na infância, nas primeiras lições escolares, nas primeiras farras e nos primeiros carnavais. Na vida adulta, negociaram durante muito tempo.

Como bom vitoriense e carnavalesco, Seu Aluizio que hoje completa 86 anos, juntamente com outros, fundaram, em 14 de dezembro de 1949, a Agremiação Carnavalesca “A GIRAFA”, hoje, dirigida, entre outros, por seus filhos, Alexandre e Aluizinho, que se configura em  uma da maiores atrações do carnaval da Vitória.

Portanto, para marcar a data, replicaremos uma entrevista, concedida por Seu Aluizio ao Jornal da Vitória, por ocasião da passagem dos seus 73 anos. Leia a entrevista.

Foto: Livro da História de Vitória

Foto: Livro da História de Vitória

“Vitoriense, aquariano, formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco, casado com Angelita Tavares Ferrer, pai de quatro filhos do primeiro casamento com Emília Siqueira (Alexandre, Joaquim Augusto, Aluísio e Severino José). Católico, carnavalesco e torcedor do Santa Cruz.

“Aqui é meu lugar, nunca pensei morar longe de Vitória de Santo Antão”.

DC – o que significa para o senhor a conquista da ISO 9002 para a Pitú?

Aluísio – Com ISO 9002, crescemos na organização da empresa em todos os aspectos, tanto na parte comercial, como na parte do funcionamento interno.

DC – Quais as perspectivas da empresa a curto e médio prazos?

Aluísio – Devido ao racionamento de energia, não podemos precisar metas a curto prazo.

A longo prazo, trabalhamos para triplicar a nossa exportação e ampliar o mercado interno.

DC – A Pitú lançou no mercado uma série de novos produtos: Pitú Cola, Vinho do Frei, Catuaba Gavião e Pitú Gold – um sucesso no mercado… Algum outro novo produto na pauta para o futuro?

Aluísio – Não temos, no momento, nenhuma ideia quanto a novo produto, mas caso surja alguma perspectiva poderemos lançar algum.

DC – A Pitú está sofrendo queda de produção em função da crise energética? Há ameaça de demissões em função dessa crise? Quais as medidas tomadas para economizar energia?

Aluísio – Neste primeiro mês, não tivemos queda de produção porque fizemos uma adaptação no horário de trabalho e, se continuarmos como no mês de junho, não pensamos em demissão.

Por isso, para evitar quaisquer problemas, já adquirimos dois grupos geradores. Desta forma, supriremos nossas necessidades.

DC – Qual o sentimento de pertencer à maior indústria de Vitória de Santo Antão e, simultaneamente, à maior exportadora de aguardente do País?

Aluísio – De muito orgulho.

DC – Caso tivesse de optar por outra atividade profissional, qual exerceria?

Aluísio – Hoje, com minha idade e com a vida já tão definida, não me ocorre ideia alguma de exercer outra atividade.

DC – Embora pudesse morar em qualquer lugar do mundo, o senhor permanece morando em Vitória. Fale sobre sua relação de amor com esta terra.

Aluísio – Aqui nasci, cresci, casei e me tornei o industrial que hoje sou. Devido aos amigos que aqui tenho e à tranquilidade da cidade, nunca me ocorreu a ideia de morar em outro lugar.

DC – Qual o seu maior sonho realizado e o maior a realizar?

Aluísio – Meu sonho maior foi realizado ao acompanhar o crescimento dos meus filhos e vê-los, hoje, homens com vidas próprias e que me deram netos saudáveis e inteligentes. Maior sonho a realizar é o acompanhamento do crescimento da Pitú.

DC – Caso o tempo voltasse, o que faria que não fez ou o que deixaria de ter feito?

Aluísio – Fiz tudo o que desejava, e faria novamente, caso fosse necessário.

DC – Deus e família: o que significam para este homem independente financeiramente e diretor de uma das maiores indústrias do País?

Aluísio – Deus é tudo! Deus é o mundo! Ele me deu tudo de bom nesta vida, principalmente minha família. Por isso sinto muito prazer repartir com o meu próximo.

(do livro História da Vitória de Santo Antão, 1983 a 2010. Pág. 349 a 351)

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