Resenha psicológica do Filme: A Pele

a pele

Foto divulgação

Após algumas semanas, volto ao blog, peço desculpas pela ausência. Como prometido trago a resenha do filme A Pele do Diretor Stevem Shainberg.

Nicole Kidmam interpreta a famosa fotografa americana Diane Arbus, o filme toma “alguns goles” da biografia da retratista, mas, pouco se preocupa com sua real história. Despindo-se de preconceitos temos uma ótima narrativa, apresentada num flashback.

Na vida real o pai de Diane Arbus era um comerciante de casacos de pele na cidade de Nova York, seria este o motivo dos desejos de Arbus por Lionel (Robert Downey), vizinho do andar de cima, portador de uma rara doença onde lhe crescem pêlos por todo o corpo, inclusive no rosto.

A Bela, mãe de duas meninas, vida pacata ao lado do esposo, também fotografo apaixona-se pela “Fera” numa busca incessante por aventura que se encontra por trás daqueles pêlos. Numa das falas de Leonel a Diane ele propõe um convite a mergulhar nos verdadeiros sentimentos, em seu Eu real, nas vontades e desejos que nela brotam, mesmo que neste mergulho encontre uma trágica história de amor.

O filme apresenta algumas cenas bizarras, mas que não deixam de ser excitantes, Diane Arbus passeia pela paixão, transformando-a por completo, vestindo uma nova Pele. Depois de invadir a casa do vizinho, permite que o teto de sua casa seja a porta para seres não tão comuns, mas, afinal o que é comum naquele contexto? Comum, seria um comportamento violento do esposo de Diane quando toma conhecimento da traição da esposa? Bizarro não seria torna-se um bicho irracional e sair batendo, espancando?

Quando o esposo de Diane deixa a barba crescer, surge uma tentativa de apresentar sua existência, “estou aqui”, e poder ser/ter o que a esposa procura. Uma possível cena antológica aparece quando a bela Diane Arbus depila a “Fera” Lionel, que por alguma razão, talvez o apelo do departamento de arte do filme não conseguiu unir a cena com a proposta inicial, mas mesmo assim, vale a pena, apreciar toda a passagem daquela narrativa onde tudo termina, ou começa?

Até próxima sexta-feira

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo CRP02.14558

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