Literatura pode ser ciência, mas política é consciência.

Nascido em Vitória de Santo Antão em 1924 e falecido em 1978 o escritor Osman Lins, deve ter tido orgulho enorme da cidade por esta ter como qualidade quase unânime a curiosidade eu as pessoas têm com a vida alheia. A famosa “fofoca”. Vendo a desordem na qual se encontra a educação nos âmbitos municipais e estaduais sinto que, com efeito, a produção de novos escritores como o Osman  será impossível ou milagre de Santo Antão. Soube que saiu da cidade por vergonha dessas mazelas eu enfeitam as cidades do interior. Acredito que a cultura popular seja responsável por grande parte da verdadeira Cultura de um país mas que a vulgarização dos conceitos e a falta de uma educação voltada a oferecer ao povo o melhor que a classe artística pode produzir nos leva para o caos.

Leio sempre que posso os clássicos da literatura universal, cem anos de solidão, obras de Aristóteles, Nietsche, Platão, Sócrates, etc. Mas me sinto muito à vontade de ler escritores brasileiros como João Ubaldo Ribeiro, Machado de Assis, José de Alencar, Ferreira Gular entre outros que agora me falta à memória.

As pessoas deveriam se ater a criar consciência política antes de sair gritando nas ruas como cegos sem guia, que ao que se vê só tem deixado um rastro de desordem e vandalismo por onde passam. Com toda a liberdade de expressão que todos merecem não vejo muita chance de mudança nesse modo de tentar solucionar problemas. Um povo que tem como referência a rede Globo, SBT para serem informados sobre a “verdade” com certeza serão iludidos e alienados sem perceber como massa de manobra desses jornais que só querem fabricar e derrubar líderes para o seu próprio beneficio. È como se o Brasil passasse por um processo de eutanásia, da forma : eu decido o meu fim e pronto. A questão é: o Brasil está preparado para decidir questões tão profundas quanto estas que estão sendo sugeridas pela imprensa? Ninguém fala mais dos enriquecimentos ilícitos dos políticos e empresários que multiplicam seus patrimônios em poucos anos.  Dos apadrinhamentos políticos tão produtores de corrupção nas instituições públicas. Do ponto de vista formal , o processo de eleição de escolha de ministros de tribunais superiores é perfeito, mas mesmo assim assistimos, como de maneira natural, alguns que se conformam em impedir ou prejudicar o andamento de processos que obviamente não se teria como defender tais réus. Dentro do judiciário onde se diz que não há política , há sim a política miúda dos grupelhos que se acertam quem vai compor as listas de indicados para julgar esse ou aquele processo. A busca de apoio político é natural mas o poder é muito mais fechado e corporativista do que se pensa. Em Vitória não é diferente os grupos que sempre contaminaram a nossa vida política continuam aí a deixar a cidade podre como as ruas de Lídia de |Queiroz, na frente de uma escola para crianças, que convivem com aquelpodridão absurda há anos. E pasmem, que o bairro tem o nome de um familiar importante para um desses “políticos”. Se há uma coisa que eu adoro é ter políticos como os nossos tão interessados em defender a nossa cultura, nossa saúde, nossa educação, nosso lazer,… que felicidade! Obrigado.

fralkin

 

 

Franklin Ferreira
Professor de Química

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