César pode não ser um pai ou esposo bem sucedido, pode não ser um empresário bem sucedido, mas a vida tem suas compensações. Deu-lhe uma secretária digna de um sultão, de um césar romano.
Os beijos entre Antônio Fagundes e Vanessa Giacomo não são beijos técnicos. A menos que a televisão use de insuspeitados recursos de prestidigitação, os beijos são reais e de mexer com o telespectador na poltrona. Sobretudo, se se tratar de um septuagenário encrencado com a família.
Casos como o encenado por César e Aline acontecem desde que o mundo é mundo. É que, antigamente, as pessoas tinham vergonha de espalhafato e perpetravam seus pecados escondidos da vizinhança. Isso era no tempo do buraquinho no lençol e a negativa de autoria.
Walcyr Carrasco deve ser um bom leitor da vida. A novela pode despertar a ideia de que Aline tem alguma frescura psicanalítica, tipo Complexo de Electra, fixação na figura paterna, daquelas revelações freudianas que o Pai da Psicanálise andou espalhando.
Novela só presta assim, quando você sente vontade de matar ou imitar o personagem. Contudo, é bom ficar atento, Walcyr Carrascopo de fazer alguma barbaridade com você. E cuidado para não comprar uma joia para sua secretária na joalheria que sua mulher costuma visitar.
Sosígenes Bittencourt
Não sou corrompido por novelas. Não gosto, não tenho tempo…nem paciência.
Ninguém vê UM INTELECTUAL comentando novelas…só os daqui.