Monte das Tabocas, o abandono (O Lixo das Tabocas)

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Monte das Tabocas – Foto: Jones Pinheiro – IHGVSA

A arqueologia faz estudos sobre questões metodológicas onde os cientistas da área desenvolvem atividades de análise de diferentes tipos de vestígios arqueológicos. Há também atividades relacionadas às técnicas de mapeamento espacial de vestígios, onde se pode  compreender as noções básicas para elaboração de plantas de sítios arqueológicos e métodos de análise espacial. Sabe-se hoje que a localização exata da  Batalha das Tabocas não apresenta uma exatidão muito precisa. Existem os que digam que nem naquele lugar onde hoje existe todo um “levantamento histórico” realizado tenha sido o exato local do confronto.

A meu ver há uma necessidade urgente de um levantamento arqueológico daquele local, nos diferentes sítios da região, para assim colocar Vitória de Santo Antão no devido lugar da importância histórica do último refugio de Holandeses em Pernambuco.

Técnicas adotadas no turismo pode ser uma forma de diminuir a distância que existe entre as atividades da arqueologia e o cotidiano da sociedade, numa aproximação benéfica. O trabalho da arqueologia poderá  mostrar o potencial turístico e do patrimônio arqueológico da cidade. A realização de oficinas de imagem turística e visitas técnicas a sítios arqueológicos podem levar a população a conhecer seu passado e identificá-lo no presente, e envolvendo-a na mobilização para mudanças no futuro.

Com todo respeito à população que mora naquela região é que me detive a escrever sobre esse tema, sabendo das dificuldades do acesso à escola, lazer, e a pouca qualidade de vida oferecida aos que ali moram. É necessário criar uma legislação ambiental que exija de toda a obra de grande impacto, como construções de fábricas, shoppings etc.  um laudo arqueológico e nesse trabalho de pesquisa se insere a educação patrimonial. O objetivo é inserir os bens arqueológicos dentro do quadro dos bens patrimoniais, como o artesanato local, as histórias, edifícios históricos, de modo a valorizar as narrativas da população local e impulsionar a mobilização por melhorias.

De outra forma, é melhor chamar os Holandeses de volta, pedir desculpas, e deixar que eles façam o que sempre fizeram com o Brasil e Vitória  “ invadidos”, ou seja: desenvolvê-lo.

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Franklin Ferreira
Professor de Química

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