Os abutres de São Bernardo do Campo

A dentista incendiada em São Bernardo é qualquer um de nós. Porque assassinos, como seus algozes, há em toda parte. Basta um descuido e podemos vislumbrar a morte.

Na realidade, os abutres de São Bernardo não são meros ladrões, são criminosos, armados pelo ódio. Roubo seguido de morte peculiariza homicídio miserável.

Há confissão de que brincaram, fazendo malabarismos com o isqueiro, antes de atear fogo na vítima. Elevou-se ao êxtase a sanha assassina. E, dentre os 4 suspeitos, há um menor de 17 aninhos, elencados como protagonistas, no teatro da barbárie.

Cinthya Magaly Moutinho de Souza somos todos nós, espreitados por inimigos da humanidade, sem pátria e sem misericórdia, sobretudo sem temor a Deus, munidos de ódio para nos trucidar.

Não há como acreditar que esses desalmados não sejam conhecidos por outras atrocidades. Não obstante, num círculo concêntrico, somos prisioneiros do medo, o medo de denunciar. Quem confiaria em ser testemunha de acusação, protegida pelo Estado? Estará dormindo, aquele que fez a denúncia anônima? Como viverá?

Sosígenes Bittencourt

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