Carta do meu avô a seus filhos

Vitória de Santo Antão, 1 de Novembro de 1957.

Meus filhos Sóflocles, Sócrates e Simônides,

Sentindo-me irremediavelmente doente, peço-lhes, paternalmente, receber e cumprir os meus últimos conselhos. Procurem seguir, sempre, a diretriz da honra e do dever, procurando trabalhar, dignamente, em benefício próprio e da família. Auxiliem-se mutuamente, em caso de necessidade, vivendo em harmonia, unidos, pois a união é uma força indestrutível. Saibam, sempre, desculpar e perdoar ofensas. O perdão não humilha; ao contrário, dignifica. Ouçam os conselhos de sua mãe, a quem tudo devem. Os conselhos maternos devem ser ouvidos e acatados. Detestem bebidas alcoólicas. O álcool conduz ao crime e à miséria: é o maior inimigo da humanidade.

Seu pai,
Felippe Bittencourt

Sosígenes Bittencourt

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  1. A mensagem e os conselhos do Sr. Felippe, com a intenção de ser um guia seguro, um roteiro de vida digna, ainda é muito atual, merecendo ser reproduzida para essas novas gerações.

  2. Oportuníssima observação. E para que todos saibam que idoso não é sucata, muito pelo contrário, é sempre a voz da experiência. A noite da existência é a hora da razão, quando os apetites arrefecem, e o homem entrega-se à reflexão.

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