Uma análise psicológica do filme “Campeão”

Para esta semana trago uma análise psicológica do filme: Campeão, dirigido por Russel Mulcahy, uma produção australiana apresentada numa visão psicológica.

O filme Campeão retrata uma história verídica sobre um jovem que supera barreiras para chegar aos seus objetivos. Austrália, anos 50 e 60, Tony (personagem principal e filho caçula) vira campeão de natação e por muito pouco não competiu nas Olimpíadas de 1964. Grande parte do filme gira em torno da relação do pai (alcolista) e seu filho mais novo. O filho mais velho Harold segue a linha dominador, mas claramente observa-se que este comportamento não o leva a lugar nenhum na vida. Considerado uma “marica” Tony mostra inúmeros exemplos durante a exibição da película, que é quem possui o verdadeiro talento no esporte.

Dirigido por Russell Mulcahy, Campeão é uma prova de que com garra o homem é capaz superar grandes dificuldades. Sinteticamente analisando o filme numa visão psicológica pudemos considerar que Tony fazia parte de um contexto conflitante, sua família, mas especificamente seu pai o rotulava e influenciou um de seus irmãos e ser adversário nas piscinas.

Sua Mãe era o seu único refugio. Num terreno baldio encontravam-se para longas conversas transformando aquele lugar em um espaço terapêutico, escutava e não era rígida nos conselhos, sua mãe o apoiava nas circunstâncias mais delicadas, com este comportamento nos remetemos à importância do outro em nossas vidas, nos dando suporte nos momentos mais difíceis.

Não podemos “atirar” pedras no pai de Tony possivelmente sua história de vida entra como pano de fundo em seu atual comportamento. É lógico que não seremos passivos nas ações reais, a raiva é possível e sentimentos diversos tomam conta de qualquer pessoa naquela situação.

Inúmeros estímulos negativos estiveram presentes, a figura de seu pai, a traição de seu irmão quando treinava e competiu sem terem nenhuma comunicação previa, afinal, tinham um “pacto” de amizade enorme os comprimentos entre eles eram inéditos, com a traição findou-se.

A motivação é um comportamento ativo intencional dependente de fatores internos assim como externos, Tony apresenta isto quando motiva este caminho dedicando-se aos estudos e no esporte, a realização e o crescimento pessoal é possível mesmo num contexto estressante, conflitante. Precisaremos de certa sensibilidade para entender a “ignorância” no outro, como fez Tony, mas jamais desistir dos nossos sonhos.

Próxima semana análise de outro filme.

 

Cleiton Nascimento
Psicólogo
CRP02.14558

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