Reflexões em torno do caso Xuxa

Se Xuxa foi estuprada quando criança, abusada até os 13 anos, por que não se assombrou com Pelé, aos 17 anos?

Se não contou aos pais, porque se considerava culpada, por que, agora, essa palhaçada?

Se Xuxa chora por haver sido violentada por animais masculinos, por que viveu de sexalegrar meninos?
E se sabia dar conselhos, por que não seguiu seus conselhos?

Xuxa foi cometa, astro que nasce aqui e afunda na escuridão. Passou. Alguém quis ressuscitá-la e ela engoliu a corda. Aliás, ensacou a grana. A ideia foi brilhante: um dramalhão. Viveu sorrindo, cantando, dançando, ganhou dinheiro, fez tudo o que quis, realizou seus sonhos, por que esse chororéu agora? Violência sexual nenhuma jamais atrapalhou sua felicidade, impôs-lhe nenhuma frustração, por que essa lamúria aos quatro ventos? Qual a lição e grandeza do gesto?
Sou do tempo em que urinar na rua era falta de educação e deflorar moça donzela era pecado; tempo em que ladrão usava máscara; que qualquer adulto era considerado pai de toda criança; menino vinha pelo bico da cegonha e sexo se descobria sozinho.

A televisão sexualiza a adolescência e escandaliza com a consequência. Quer dizer, ganha dos dois lados. Ganha quando sexualiza e ganha quando escandaliza. A Xuxa foi usada para esses fins. Porque a televisão não está comprometida com o Estado de Direito, está comprometida com o lucro. E quem está comprometido com o Estado de Direito concede os canais de Televisão e usufrui da mídia para se promover. Por isso, um alemão disse que só vinha ao Brasil fazer visita, chamou-nos de “hitleristas”, disse que nós não respeitamos Lei, cada um faz o que lhe dá na telha.

Sosígenes Bittencourt

7 pensou em “Reflexões em torno do caso Xuxa

  1. REF. AO PRIMEIRO PARÁGRAFO> ADOLESCÊNCIA; ANSIEDADE E GANANCIA PELO PADRÃO DE VIDA(COBRADO POR SOCIEDADE CAPITALISTA E CONSUMISMO) USURPANDO QUALQUER TRAUMA.

  2. Sosígenes lhe conheço de vista, de alguns lugares, conversei contigo apenas duas vezes, não quero me expor, tenho 51 anos, duas filhas mas uma coisa é certa fiquei sabendo hoje que o senhor tem um filho que não assumiu, sem compromisso com as coisas hoje está sem o INSS, mora com a mãe, é uma pessoa solitaria e triste. Sosígenes não se exponha mais, esta ficando ridiculo para um velho tudo isso, deixa esta exposição para quem pode se expor, a Xuxa

  3. Bom dia. O anonimato é a arma dos covardes. Esse indivíduo deve ter sobre sua mesa ou sobre sua cristaleira, ou sobre seu escravo mudo aquela ridícula e estúpida escultura dos macaquitos: não vejo, não escuto e não falo. Símbolo dos omissos.
    Falar da vida privada do escritor e poeta Sosígenes foi uma pisada em casca de banana. Ele não expôs a vida privada da Xuxa, a própria, para aparecer foi quem o fez. Ele analisou com muita propriedade o desgastado “mito” criado pela mídia.

  4. Volto ao caso do “anônimo”. Sou prudente nas minhas críticas, sobretudo quando escrevo. Palavras, o vento as carrega. A palavra escrita é mais contundente e aflitiva. Escrito e difundido, é mesmo que está fudido. Só escrevo aquilo que assumo. Voltei ao tema, porque as eleições se aproximam e é nessas ocasiões (eleitorais) que a coisa pega. Fala-se mal das pessoas, boata-se, agride-se, rotula-se os outros de ladrões etc. , e no final, esconde-se no anonimato. Quem disse? Ouvi dizer, me disseram. Tudo na forma impessoal. Não se assume nada. Ai, dos covardes e dos omissos: arderão no fogo dos infernos.
    Cuidado com as palavras mal postas. Elas magoam, elas entristecem, sobretudo quando se escondem atrás do anonimato. Permanece a cruel dúvida: quem foi?
    Um homem derrotado ou vencido pode se recuperar. Já um homem humilhado, ferido, pode se tornar uma fera. Necessário muito cuidado.
    Desculpem-me minha maneira crua e simples de escrever. Não sei usar palavras difíceis, nem sou poeta. Gosto de escrever e ser entendido. O pai dos burros encontra-se aqui ao lado, desprezo para ele.

  5. Eu não deveria nem dar satisfação de minha vida particular, mas, uma vez convidado, sou obrigado a falar a verdade. O meu filho mora comigo e meus pais, por opção sua. Abri-lhe as portas porque é filho registrado e jamais o desprotegi. Até nisso, fui diplomático e racional, não impus sua vinda. Filhos nascem, pais assumem. Se a mãe não tem condições, o pai arca com a manutenção. Foi o que fiz. Registrei a criança quando o mundo levantava suspeita de minha paternidade. Prefiro criá-lo sem ser pai, do que experimentar o remorso de abandonado um filho. Não preciso de exame de DNA, o exame de consciência é meu. Quem me acusa, na penumbra, sem conhecimento de causa, pode ser um desses infames faladores da vida alheia. E quem conhece o meu relacionamento com sua mãe, considerando-a solitária, ame-a, leve-a para viver consigo. Eu nunca deixei ninguém nem bati a porta no rosto de quem retornou. Não tenho a ver com pássaro errante, sou ninho. Acho que o meu crítico deveria estudar mais um pouco, para não se meter com quem vive estudando, sobretudo Filosofia, para aprender a viver.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *