Faleceu dona Zefinha Menezes

A última proprietária de bar do velho cabaré de Vitória (PE), dona Zefinha Menezes, fazia aniversário no dia de Nossa Senhora da Conceição. Completando 90 verões, uma vez que aqui não faz primavera, fomos comemorar a data em Mané Peixe, na Av. 15 de Novembro. No restaurante, Paulo Lavoura, Eraldo Boy e eu éramos as celebridades de uma mesma geração. Só faltou o garçon Fritz, que está com Jesus.

Nascidos na década de 50, começamos a frequentar o cabaré, lá pelos mil novecentos e sessenta e alguma coisa.

Dona Zefinha ficou famosa pelo feijão verde com carne de sol na brasa que nos servia, desde a hora do almoço até a madrugada. A cerveja era geladíssima, fermentada, e a música era, de The Fevers a Roberto Carlos, passando por Nelson Gonçalves, Núbia Lafayete e Ângela Maria. As mulheres usavam pó compacto, tinham educação e nos banhavam depois do amor.

Nossa homenageada, nonagenária, estava contente. Tomou umas talagadas de Whisky, recebeu presentes e pediu que Deus nos abençoasse. Contou que era feliz porque fez tudo que gostava na vida. Trabalhou, amou, passeou muito, por isso envelhecia sem graves problemas psíquicos ou de natureza física, além dos achaques naturais da velhice.

Em breve discurso, arranquei aplausos para aquela época, chamando-a de tempo de paz. Comida saudável, música bonita, mulheres femininas e ruas tranquilas para o livre trânsito dos mortais. Salientei que dona Zefinha impunha mais respeito no seu bar, na Zona de Baixo Meretrício, do que os diretores nas Escolas Públicas hoje em dia. Foi um verdadeiro espetáculo!

Requiescat in pace!

Sosígenes Bittencourt

2 pensou em “Faleceu dona Zefinha Menezes

  1. Tudo isto é verdade pois, também passei por estes momento, eu era azilado de zona , eu frequentava uma senana o Itamaratí, hoje uma mine agencia de veiculo do filho de axé próximo ao viaduto do caja, a outra semana a boite (boate) serra grande, a outra semana a própria zona, o salão azul, o arpeje, o bar da marlene, o bar do geu, e minha bebida não pitu , não era serra grande, não sarinho,não cerveja, a minha bebida junto s com meus colegas Lídio, hoje é sargento em Manaus, Tuca, o filho de seu artur da padaria glória no dique e depois da padaria veneza, hoje ele reside em são paulo, e Zé carlo foi muito tempo gerente da rosa branca,depois montou seu proprio negócio, mas não deu certo ,mora no loteamento são severino e Eu sou Paulinho da sucam estou emprestado a secretaria dec saúde desde 1992, e a nossa bebida era solda limonada, agente enchia a mesa, nehum de nós fumava, e as mulheres ,agente pagava bebidas para elas ,era uma mulher pros quatros, pegava ,pão com banha mesmo, rsrsrsr.

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