Fala, Vitória!

Caramba, a coisa ficou preta, ontem, na minha rua, por ocasião de festa promovida no Clube dos Motoristas, O Cisne. Logo às vésperas da parada militar, do Dia da Independência. Trouxeram um conjunto não sei de onde, pra tocar não sei o quê, e não sei quem varou a madrugada, desrespeitando o Art. 42, da Lei de Contravenções Penais, que versa sobre a perturbação dosossego alheio. A macacada invadiu a via pública, estacionou o carro movido a estrondo, botou música que homenageia corno e prostituta, e acordou a velharada romântica, que ficou perambulando por dentro de casa, sem poder dormir. Quer dizer, por que os promotores dessas festas não fazem uma esculhambação dessa na porta da casa de suas genitoras? Afinal, foram elas que os pariram, elas que os excretaram. Vêm afanar a grana no batente dos outros, não trazem suas famílias e não têm a ombridade nem de convidar a Polícia para a festa. Depois, deixam um rastro de lixo no meio do caminho e fogem com o tutu surrupiado dos trouxas. Porque o cara que paga pra ouvir aquilo não tem um pingo de juízo e está entregando a migalha ao bandido. Êi! otário, os caras que comeram teu dinheiro odeiam esses conjuntos! Machado de Assis dizia que toda cidade tinha que ter um doido, para chamar as pessoas à razão. Sei que não funciona, mas vale a pena ser esse doido. Cabaré é opção, não pode ser imposto a ninguém. Uma coisa é você trocar de roupa, botar perfume e ir aocabaré, outra coisa é o cabaré vir para sua porta. Eu não sou puritano nem quero ser, mas nunca fiz bagunça na porta dos outros. Sou do tempo em que não se fazia passeata para revelar preferência sexual. Daqui a pouco, vão desfilar, para revelar os prazeres mais bizarros. Vão requerer o direito de não ser molestado porque transam com galinhas. Por que não fazem passeata para defender odireito de roubar? Ora pinoia!
Esculhambado abraço!
Sosígenes Bittencourt

4 pensou em “Fala, Vitória!

  1. Muito boa, Professor! Era esse o mote que eu procurava e o meu brilhantismo por vezes fosco e frequentemente apagado não deixava encontrar:”Uma coisa é você trocar de roupa, botar perfume e ir ao cabaré, outra coisa é o cabaré vir para sua porta”.
    É exatamente isso. O cabaré “delivery”.

  2. Uma coisa é você expor seu “sentimentos” mais revoltados escondidos nas zonas subcostais do do seu cérebro. Outra coisa é você querer envolver esses sentimentos com a realidade. A realidade é essa “MEU VEIO”. É verdade, antigamente era outra coisa. Mais você está certo até certo ponto, o qual não está tão longe não viu… vai até o Art. da lei que você mencionou. Mais o resto foi uma bela mostra que você é um completo preconceituoso. Diversidade é uma palavra que você como (Professor) deveria saber seu significado.

    Fica aqui minha opinião.
    (Parabéns pelo blog.)

  3. Eu não sei por que as pessoas fazem questão de contar na barbearia, na manicure, na praça pública, suas intimidades sexuais. Depois, achando pouco, dão-se as mãos e saem em passeata. Porra, se você gosta de transar num tanque de mijo, isso só interessa a você e sua caça. Por que tem que sair com um penico na cabeça e um microfone na boca revelando essa bizarria? E ainda vêm me chamar de preconceituoso. Meus avós nunca desfilaram para decretar que eram heterossexuais. Eu nunca fiquei numa esquina bradando que gostava de mulher, apalpando a nádega alheia. Eu acho que estão confundindo liberdade de expressão com desrespeito, esculhambação e injúria. Sabe qual o resultado disso? Esquizofrenia coletiva. Se você for educado, conjugar o verbo no pretérito mais-que-perfeito, já estão pensando que você é menina. Se você se acocorar na calçada e der um caramelo a um guri, já estão pensando que você é pedófilo. Vamos fazer as coisas entre quatro paredes, macacada. Sexo é prazer pessoal, você pode passar por dentro do outro, cada um sente prazer com as suas virilhas. Tá ligado?

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