O ano era 2014 – por @historia_em_retalhos.

Santa Cruz e Paraná disputavam partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Apesar da distância entre os dois estados, a rixa entre as torcidas das duas equipes existia.

A Fúria Independente, do Paraná, era aliada da Torcida Jovem, do Sport.

A Inferno Coral, do Santa Cruz, tinha aliança com a Império Alviverde, do Coritiba.

Nesse meio das torcidas organizadas, há um costume: torcedores do time da cidade recepcionam os integrantes da torcida aliada de fora, realizando confraternização e acompanhando até o estádio rival.

Neste dia 02.05.2014, depois do encontro com os rubro-negros, com bebida e churrasco, os torcedores do Paraná seguiram para o Arruda para assistir ao confronto com o Santa Cruz.

Mal sabia o jovem Paulo Ricardo da Silva, de 26 anos, o que o aguardava naquela noite.

Paulo era fotógrafo, torcedor do Sport e mantinha vínculo com a torcida organizada do clube.

Pois bem.

Com o fim da partida, deu-se início a uma confusão.

De uma altura de 24 metros, em um ato de profunda covardia, dois vasos sanitários foram arremessados, chegando ao solo com o peso de aproximadamente 350 quilos, cada um.

Paulo foi atingido e morreu imediatamente.

Luiz Cabral, Waldir Pessoa e Everton Filipe foram os responsáveis pelo ato de barbárie.

Em depoimento, Everton afirmou que não queria acertar ninguém, mas Luiz admitiu que jogou a privada para se vingar de uma briga travada com a torcida Jovem, do Sport.

Levados a júri popular, os três acusados foram condenados, em 02.09.2015, por homicídio consumado e por três tentativas de homicídio das pessoas que foram atingidas pelos estilhaços das privadas.

Everton pegou 28 anos e 9 meses, Luiz 25 anos, 7 meses e 15 dias e Waldir, 22 anos e 6 meses de prisão.

Em 2022, o Santa Cruz e a CBF foram condenados, solidariamente, a pagar uma indenização de R$ 1.2 milhão, além de uma pensão, aos pais de Paulo Ricardo.

Em 18.02.2020, há 4 anos, decisão judicial decretou a extinção das organizadas em Pernambuco.

As torcidas Jovem, Inferno Coral e Fanáutico tiveram os seus CNPJ’s cancelados.

O problema, porém, segue mais atual do que nunca.

Qual será a solução❓
.
Siga: @historia_em_retalhos

https://www.instagram.com/p/C3zjGlyOlOQ/?igsh=MThicTRreHZobnRpaQ%3D%3D

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *