VITÓRIA DE HISTÓRIA – por Ronaldo Sotero.


Em um 25 de fevereiro como hoje, há 64 anos, o avião DC3 da Real Transportes, voo 751, decolava do aeroporto de Campo de Goitacases, a 275 km do Rio de Janeiro, com 4 tripulantes e 22 passageiros, rumo ao aeroporto Santos Dumont.

A bordo estava o jovem João Murilo de Oliveira, filho do vitoriense João Cleofas, ex-ministro de Getúlio Vargas, ex-prefeito de sua cidade natal na década de 1920, Vitória de Santo Antão, ex-senador, ex-deputado federal.

Naquele dia, uma aeronave quadrimotor da Marinha dos Estados Unidos também decolava do aeroporto de Ezeiza, Buenos Aires, Argentina, ao Rio de Janeiro, com 7 tripulantes e 31 passageiros a bordo, entre esses, 19 membros da banda da Marinha dos EUA que viajava a capital do Brasil, ( Brasília só seria inaugurada em abril daquele ano), para participar da recepção do presidente Dwight Eisenhower, que chegara dois dias antes a Cidade Maravilhosa, onde iria assinar com o presidente brasileiro, Juscelino Kubitscheck,( 1902 -1976)a “Declaração de Brasília”, documento que reafirmava a amizade entre os dois países.

Nas manobras de aproximação para pouso, às 13h07, episódio até hoje com versões distintas , as aeronaves colidiram no ar caindo na baía de Guanabara.
Do avião brasileiro morreram todos os ocupantes, incluindo João Murilo. Do americano, 35 pessoas não sobreviveram a queda. A tragédia tirou a vida de 61 pessoas, deixou cinco sobreviventes e repercussão mundial.

Para homenagear a memória do filho, João Cleofas construiu com recursos próprios, o hospital João Murilo de Oliveira, onde centenas de pessoas que ali transitam diariamente não conheçam as origens dessa importante unidade regional de saúde, inaugurada em 10 de janeiro de 1969, em misto de emoção e saudade.

Ronaldo Sotero 

 

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