Motoqueiros se manifestam contra as blitz em Vitória.

Num País democrático o povo é livre para se manifestar,  desde que não se utilize de armas e violência ou mesmo atente contra os princípios constitucionais. Dito isto, doravante, a meu juízo, tentarei jogar um pouco de luz nas mais recentes manifestações ocorridas por aqui,  no que se refere aos motoqueiros,  no sentido da insatisfação com as constantes blitz realizadas pela polícia militar em praticamente toda cidade.

O tema tem divido opiniões: de um lado os profissionais “das duas rodas” alegam dificuldades em cumprir com as obrigações (impostos) cobradas pelo Estado  para ficarem  aptos à circulação. Do outro, a polícia precisa fazer o seu trabalho e cumprir com o que determina as Leis vigentes.

Nessa linha tênue, pegando carona na polêmica, encontram-se os “sabidos” que compram/vendes  motos  – com as mais diversas irregularidade –  para todo tipo de demanda, sobretudo às vinculadas aos crimes (toda ordem). Aliás, não é raro em grupos de vendas/trocas no WhatsApp alguém postar motos disponíveis à venda,  dizendo: “é para rodar só na Zona Rural”.

Desde que o serviço de mototaxista chegou à nossa cidade, há cerca de 25 anos, que o mesmo ganhou a simpatia da população. Isto é:  oportunizou trabalho e renda para uma determinada faixa da sociedade e dinamizou o comércio de maneira geral. Mas também é verdade que nesse período, entre outras boas notícias, nosso lugar ascendeu, conforme dados do 17º anuário da violência, à 27ª cidade mais violenta do Brasil e ao 2º lugar no pódio estadual – Pernambuco. 

Aliás, sobre essa lastimável situação, não escutamos um “pio” sequer de qualquer autoridade local: prefeito, vice-prefeito, deputados, deputada, ex-prefeitos, ex-deputados e etc.  Até parece que nem tomaram conhecimento  dessa verdadeira “honraria municipal” – para não dizer o contrário…

Pois bem, tendo como fio condutor de toda essa polêmica (manifestação motoqueiros) o fato é que  os mototaxistas, que  prestam um serviço legitimo e essencial, há muito é uma classe que vem sendo usada e abusada pelos prefeitos de plantão.

Desde a primeira gestão do Zé do Povo ( lá em 2001) até os dias atuais, sob o comando do prefeito Paulo Roberto, que a bagunça no serviço de mototaxi é a mesma. Quando muito, os senhores prefeitos – foi assim com Zé do Povo, Elias Lira, Aglailson Júnior e Paulo Roberto – fazem um “oba-oba” para entregar-lhes uma bata/camisa com as respectivas marcas da gestão estampadas, fazendo dos mototaxistas uma espécie de outdoor ambulante.  Organização e proteção à categoria que seria  bom e necessário,  absolutamente nada!

Devemos salientar que, entre outros motivos,  foi essa bagunça reinante, ao longo de mais de duas décadas,  que propiciou o espaço perfeito para que os malfeitores se infiltrassem nesse segmento.

Hoje, em nossa cidade, segundo informações dos próprios motoqueiros,  praticamente metade deles “rodam” sem habilitação e muitos são de outras cidades, fazendo,  aqui,  sabe-se lá o quê….. Não é de se espantar quanto uma passageiro  sobe em uma  moto e pede para ir a um bairro qualquer quando,  de pronto,   o “motoqueiro” pergunta: “pra que lado fica?”

 

Portanto, se a polícia já entendeu que as motos em Vitória de Santo Antão se configura no epicentro da maioria dos crimes,  fazendo assim chegarmos ao 2º lugar do mapa da violência em Pernambuco, creditemos,  isso, em boa medida,  às omissões dos senhores prefeitos : Zé do Povo, Elias Lira, Aglaílson Junior e Paulo Roberto, cada qual com o seu respectivo  quinhão…..

1 pensou em “Motoqueiros se manifestam contra as blitz em Vitória.

  1. Te muito moto táxi assim sem habilitação aqui em Vitoria? Acho que é uma parcela pequena de moto táxi que não tem ? Estou errado corrida por favor?

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