“Diretas Já”: uma nova leitura a partir da cidade de Abreu e Lima.

Entre outras coisas, a vida é uma linha constante de aprendizado. Nesse sentido, por assim dizer,  o processo de amadurecimento nos proporciona ressignificar acontecimentos e fatos, antes, já cristalizados e acabados, muitas vezes de maneira pública. O dia 31 de março, por exemplo, doravante, a partir de novas leituras, possivelmente ganhará uma roupagem diferenciada no cenário estadual e nacional.

Na manhã da última sexta (31) participei de um determinado evento em Recife, precisamente no Sítio da Trindade (Casa Amarela) que, na qualidade de “eterno estudante de história”,  provocou-me novas reflexões.

Bem prestigiado pelas autoridades constituídas do nosso estado, por estudantes e público pensante em geral o evento aludido  – “ 40 anos do primeiro ato público pelas Diretas Já” – doravante, possivelmente,  desencadeará novos contornos históricos. Trata-se do primeiro ato público em favor dos movimentos que ficaram catalogados na historiografia nacional como “Diretas Já”.

Pois bem, na então recém-criada cidade de Abreu e Lima, em 1983, em pleno regime militar, alguns vereadores  – José da Silva Brito, Antônio Amaro (ambos in memorian), Severino Farias e Reginaldo Silva – organizaram um comício,  para uma plateia resumida, pedindo  a volta das eleições democráticas. Eis aí, portanto, a centelha que acedeu, naquela ocasião,  o desejo nacional pelas eleições diretas para presidente da república.

Entre tantas autoridades envolvidas nessa verdadeira cruzada cívica, no sentido de jogar luz ao ato heroico e corajoso dos parlamentares da cidade pernambucana,  destacamos a figura do promotor de justiça José Soares, pela sua sensibilidade e acendrado sentimento de fazer justiça histórica.

Portanto, como todos sabem, a história é dinâmica e de tempos em tempos faz-se necessário um “frei de arrumação” para exalar das suas entranhas verdades e novos sentimentos que precisam ganhar formatações mais fidelizadas. Parabéns aos organizadores do evento.

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  1. Dileto pilako não obstante a importância histórica do ato perpetrado por esses nobres vereadores, o que se deve, de fato, refletir é se o ato de se eleger um presidente da Republica muda ou mudou a vida das pessoas!
    observe que, estupidamente, só se comemora o “votar de forma direta pra presidente”, ora: a dita pós redemocratização nos trouxe Sarnei (impopular), Collor (caçado pela mídia e pela massa de manobra chamada povo), Dilma Houssef (caçada; ex-terrorista; com sérios problemas psiquiátricos) , Fernando Henrique (preparou o terreno pra o maior bandido da historia republicana), Lula ( carinhosamente chamado de ladrão pela metade do povo, liberou o aborto, incitou o uso de drogas, financiou a infraestrutura em nações pelo mundo, de tanto roubar ele e e a quadrilha quebraram a Petrobras), Bolsonaro (tentou corrigir, mas a mídia esquerdista o perseguiu)…..
    O que fato se tem a comemorar?
    Pelo visto a doença ideológica é de cunho mental; a ideologia é amis importante que os fatos..
    Um forte abraço!

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