Ivan Rocha e Jonas Albuquerque – por @historia_em_retalhos.

Estes são os estudantes Ivan Rocha e Jonas Albuquerque, as primeiras vítimas fatais da ditadura militar em Pernambuco.

Naquele 1.° de abril de 1964, estudantes estavam reunidos na Faculdade de Engenharia do Recife.

Por volta das 14h, expulsos pelos militares, saíram em marcha pelas ruas da capital, com o objetivo de chegarem até o Palácio do Campo das Princesas, protestando contra o golpe militar e buscando apoio popular.

Na esquina das ruas Dantas Barreto e Marquês do Recife, os soldados formaram uma barreira.

Os estudantes entoavam palavras de ordem.

Deflagrou-se um clima de tensão.

Um disparo para o ar foi realizado.

Os estudantes continuaram a gritar e, a partir de então, passaram a ser os alvos dos disparos.

Dois caíram mortos.

Jonas tinha 17 anos e era estudante secundarista do Colégio Estadual de Pernambuco.

Ivan, de 23, era acadêmico de engenharia.

Jonas foi atingido por um tiro mortal de revólver na boca, que estilhaçou o seu maxilar (“O caso eu conto como o caso foi”, de Paulo Cavalcanti).

Enquanto isso, Miguel Arraes resistia no Palácio do Campo das Princesas, recusando-se a aceitar as ofertas apresentadas pelos militares para que renunciasse ao seu mandato.

Mais tarde, à noite, os coronéis João Dutra Castilho e Ivan Rui de Andrade chegaram ao Palácio para prender Arraes, levando-o para o 14.º Regimento de Infantaria, no bairro de Socorro, em Jaboatão dos Guararapes.

Arraes deixou o Palácio em um fusca dirigido por Valdir Ximenes, seu primo e diretor da Companhia de Revenda e Colonização (foto).

No mesmo dia, em uma sessão extraordinária, acompanhada por militares, a Assembleia Legislativa, por 45 votos a 16, declarou a vacância do cargo de governador.

No dia seguinte, Arraes seria mandado para Fernando de Noronha, que funcionava como prisão.

O vice-governador Paulo Guerra (Arena) foi empossado governador de Pernambuco.

Assim foi o triste dia 1.° de abril de 1964 no Recife.

Jamais aceitemos revisionismos históricos de ocasião.

#ditaduranuncamais
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