Na qualidade de atleta amador, ontem, domingo, 11 de dezembro de 2022, vivenciei um dia inesquecível. Participei da minha primeira maratona. Não à toa – sem nenhum demérito às demais modalidades esportivas – a maratona é considerada a prova mais nobre do atletismo. Criada na primeira edição dos jogos modernos, em 1892, a mesma foi inspirada num fato lendário, ocorrido há mais de 2500 anos.
Fala-se que um guerreiro (mensageiro/soldado – Fidípides) percorreu com urgência uma distância de 40km entre as cidades de Maratona e Atenas e, após concluir sua missão, faleceu. A regulamentação da distância de 42 km, 195 metros, percorrida atualmente numa maratona, só passou a vigorar como padrão a partir dos jogos olímpicos de Paris, em 1924.
Pois bem, carregada de simbolismo essa modalidade esportiva se configura numa espécie de “sonho de consumo” de todo corredor de rua amador. Qualquer pessoa que completar uma maratona, automaticamente, passará a integrar uma espécie de “elite planetária”, composta por cerca de 1% da população mundial que atualmente gira em torno de 8 bilhões de “barro humano”.
De maneira geral, ninguém acorda numa segunda-feira dizendo que vai fazer uma maratona no próximo domingo e a conclui…..Não! Para alcançar o primeiro objetivo (concluir a prova) a pessoa tem que se preparar, por mais que a mesma esteja com a saúde em dia.
Nesse contexto, revelo um pouco dos “meus passos” até à vitória alcançada ontem, ao concluir a 11ª edição da Maratona Internacional Maurício de Nassau. Já bem experimentado no asfalto, meus primeiros 21km aconteceu em agosto de 2020. Minha primeira prova oficial de meia maratona , deu-se no primeiro domingo do ano de 2021. Para minha tristeza, lesionei-me logo em seguida (dia 06 de janeiro).
Durante o tratamento – ressonância, quase cirurgia e muita fisioterapia – passei dois meses contando os dias para voltar a correr. Nesse período entendi que, para ir mais longe, seria necessário aconselhar-me por profissionais da área. E assim ocorreu: nutricionista, personal e fisioterapeuta. Em julho (2021), já estava eu fechando os meus primeiros 25km (Vitória/Moreno), em um desafio promovido pelo grupo de corrida ao qual sou integrante (Vapor da Vitória).
Inscrito desde dezembro de 2021 numa maratona, que aconteceu em julho de 2022, comecei a cumprir uma planilha de treinamento para realizar aquela que comecei a chamara de “maratona dos meus sonhos”. Me sentido seguro e preparado, faltando apenas 18 dias para o evento, em um treino, machuquei o pé esquerdo. Motivo pelo qual, fui obrigado a desistir da maratona e seguir em tratamento por quase 60 dias. Não perdi tempo: mesmo durante o tratamento inscrevi-me para a próxima maratona, que aconteceria em 11 dezembro de 2022 – Maratona Internacional Maurício de Nassau.
Recuperado e mais cauteloso, voltei às atividades com determinação e foco total. Apesar de um pequeno incômodo na pé direito, ontem, fechei esse planejamento realizando-o com sucesso, ou seja: concluir a minha primeira maratona – 42km, 195 metros. Saímos do Recife Antigo às 4h e fomos à cidade de Olinda. Voltamos à capital e seguimos até ao bairro de Boa Viagem, retornando ao ponto de partida.
Falta de tempo, problemas do dia dia, dificuldades outras, preguiça e complicações naturais, inclusive uma pandemia para desestabilizar a vida de qualquer pessoa, são nossas desculpas genéricas para não praticar a tão necessária atividade física regular. Isso é fato!
Portanto, para encerrar essas linhas, gostaria de repetir uma frase que escutei outro dia: “motivação é uma porta que se abre por dentro”. E eu acrescento: legal quando abrimos a porta e encontramos um tempo favorável, mas se não houver precisamos avançar para transforma-lo, ou seja: fazer do limão uma limonada. Não espere receber dos outros aquilo que você não se dispõe a entregar a você mesmo…..
Vídeo da Chegada:
https://youtube.com/shorts/sws0ELA9BFY?feature=share
Link da matéria dos primeiros passos concretos visado a minha primeira maratona: