Em 27 de agosto de 1999, o Brasil perdia, aos 90 anos, o arcebispo emérito de Olinda e Recife Dom Hélder Câmara.
Natural de Fortaleza/CE, Dom Hélder foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o período da ditadura militar brasileira.
Pregava uma igreja voltada para os pobres e a não-violência.
Após a decretação do AI-5, em 1969, foi-lhe negado o acesso aos meios de comunicação, sendo proibida, inclusive, qualquer referência ao seu nome.
Cerceado da opinião pública nacional, fez frequentes viagens ao exterior, onde divulgou amplamente as suas ideias e denunciou as violações de direitos humanos no Brasil.
Em 26 de dezembro de 2017, a Lei n.º 13.581 declarou Dom Helder Câmara o Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos.
Tentaram calá-lo, mas a sua voz ecôa até hoje.
Único brasileiro a ter sido indicado quatro vezes ao prêmio Nobel da Paz.
Reverenciado em todo o mundo.
Amigo dos pobres e profeta da paz. 🕊
Dom Hélder, que falta você nos faz!
23 anos de saudades.
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Defendendo União Soviética, China e Cuba
As tomadas de posições concretas de Dom Helder Câmara em favor do comunismo (embora às vezes criticava o ateísmo) foram numerosas e consistentes.
Por exemplo, permanece tristemente notório seu discurso de 27 de Janeiro de 1969, em Nova York, durante a sexta conferência anual do Programa Católico de Cooperação Interamericana. Sua intervenção foi assim tão favorável ao comunismo internacional, que lhe valeu o epíteto de “arcebispo vermelho”, um apelido que permaneceria indissoluvelmente ligado ao seu nome.
Depois de ter reprovado duramente a política os EUA e a sua política anti-soviética, Dom Helder propôs um corte drástico nas forças armadas dos EUA, enquanto pedia à URSS para manter suas capacidades bélicas, a fim confrontar o ‘”imperialismo”. Ciente das consequências desta estratégia, ele defendeu-se de antemão: “Não me digam que esta abordagem colocaria o mundo nas mãos do comunismo!”
Do ataque contra os Estados Unidos, Helder Câmara passou a tecer o panegírico da China de Mao Tse-Tung, então repleta da “revolução cultural”, que causou milhões de mortes. O Arcebispo Vermelho pediu formalmente a admissão da China comunista à ONU, com a consequente expulsão de Taiwan. Ele terminou seu discurso com um apelo a favor do ditador cubano Fidel Castro, que naquela época estava ativamente empenhado em promover a guerrilha sangrenta na América Latina. Ele também exigiu que Cuba fosse readmitida na OEA (Organização dos Estados Americanos), da qual havia sido expulsa em 1962.
Esta intervenção, tão descaradamente pró-comunista e anti-ocidental, foi denunciado pelo prof. Plinio Corrêa de Oliveira no manifesto “O Arcebispo Vermelho abre as portas da América e do mundo para o comunismo”: “as declarações contidas no discurso de Dom Helder delineam uma política de rendição incondicional do mundo ao comunismo. Estamos diante de uma realidade chocante: um bispo da Igreja Católica Romana empenha o prestígio decorrente da sua dignidade como um sucessor dos Apóstolos para demolir os bastiões da defesa militar e estratégica do mundo livre de frente ao comunismo. O Comunismo, que é o inimigo mais radical, implacável, cruel e insidioso, que mais atacou a Igreja e a civilização cristã em todos os tempos .