FALECIMENTO DE SAMIR ABOU HANA – por SOSÍGENES BITTENCOURT.

Samir não era um comunicador que tenha escolhido a profissão, era um profissional que nasceu para se comunicar. Um homem sério à moda antiga, sem afetação, quando ser sério não era uma exceção. Filho de palestino com uma paraense, e dado à luz em Recife, tornou-se um cidadão “cosmopolita”, do nordeste brasileiro, com cosmovisão ou mundividência de galgar ampla audiência em comunicação.

O seu amor ao próximo expressava-se de forma tão simples e espontânea, que logo conquistou audiência e credibilidade suficientes para escalar o pódio da televisão. E, para tanto, contou com o simpático convite de outro pernambucano que nasceu para fazer sucesso, Abelardo Barbosa, o popular Chacrinha, menino de Surubim, o Velho Guerreiro da distração.

Afetado no coração pelas calamidades das enchentes periódicas da capital pernambucana, recebeu a comenda de Secretário da Cidade – Samir Abou Hana. Samir era versátil, com relativo domínio de todos os assuntos, sabendo entrevistar, expondo seus pontos de vista sem ofender, sem maltratar. Sua polêmica terminava por abrir novo ângulo de visão sobre o tema, enriquecendo a explanação.

O falecimento de Samir deixa um indelével vazio nos sobreviventes de sua geração. Lembra-me o versículo de João, revelando um exemplo, pela palavra, no evangelho de Cristo: “No mundo, tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo”.

SOSÍGENES BITTENCOURT

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