Entre idas e vindas, o mundo continua mergulhado nessa “bronca pesada” que se chama pandemia do novo coronavírus. Para nós brasileiros, particularmente pernambucanos, que formamos uma população expressivamente pobre, em grande parcela vivendo na informalidade, além do problema pontual do “caixa vazio” temos que ficar atentos, também, ao impacto que o conjunto de incertezas, com vistas ao tempo futuro, causa na saúde mental dessas pessoas. Inevitavelmente, algo que maltrata e adoece por antecipação.
Particularmente na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão -, aos poucos, até as pessoas que inicialmente olhava essa situação (contágio) com certa incredulidade, de uns tempos para cá, em função dos sucessivos acontecimentos “reais”, vem mudando de postura. Evidentemente que a vida tem de seguir, mas o formato de contato social, por força imperiosa do momento excepcional, precisa ser reconfigurado.
O mais recente “boletim covid-19” realçou os números pandêmicos na nossa cidade (23 de maio de 2021). Cravou 250 óbitos. É como se nesses últimos 14 meses, cerca de 420 dias, tivéssemos perdidos para o COVID-19, em média, 3 conterrâneos a cada 5 dias. Acredito que todos nós antonenses/vitorienses já choramos por um parente ou amigo próximo, ou mesmo por compaixão. Até quando seguiremos nessa marcha fúnebre?