Ao “senhor tempo” foi dada várias tarefas. No tempo presente se vive os fatos, é nele que a vida acontece. Ao tempo futuro, oceano de mistérios em 360 graus, cabe-nos, apenas, a tarefa hercúlea de conjugá-lo sem a parceira de primeira hora que atende pelo nome de ansiedade. Ao tempo pretérito, território que pertence apenas ao tutor do mesmo, chancelado por escrituras secretas, invariavelmente revisitado, configura-se no mais fantástico roteiro “turístico” do qual já tivemos acesso, mas, para tanto, faz-se necessário uma disruptura com aquilo que nos impulsiona à indesejada e sempre disponível companheira, sobretudo nos momentos melancólicos, a “senhora” depressão.
Foi nesse emaranhado de sentimentos que despertei de uma noite de sono profundo, nas primeiras horas de hoje, quarta-feira, dia 24 de março de 2021. Hoje, exatamente hoje, completa-se 10 anos do último suspiro terráqueo do antonense Zito Mariano. Também poderia grafar sem nenhum problema: comemoração de uma década da passagem do meu pai, até porque a morte, me perdoem os religiosos, não é uma receita de bolo que todo mundo a conhece e tem nas mãos o poder de manipular ou mesmo precifica-la.
“Seu” Zito Mariano, enquanto viveu, foi completo. Não deixou nada por fazer. Sorte teve a nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – em tê-lo como filho. Privilégio tiveram os que gozaram do seu convívio. Dos seus ensinamentos e proteção, sua família não teve do que se queixar. Resta-nos, portanto, na qualidade de sociedade lembrar, lembrar e lembrar…..