LIVE MEMÓRIAS: história real – aprendizado para sempre!!!

Dentro do conjunto de informações realçadas pelo Major Eudes, na Live de “Memórias” do Blog do Pilako, ocorrida na última sexta (11), o “eterno comandante” do nosso Tiro Guerra lembrou que muitos militares da capital ( de baixa patente), por saberem que  Vitória era carente de autoridades militares, “pegavam” o trem para “farrear”  por aqui,  sobretudo no baixo meretrício – na “zona” da Primitivo de Miranda.

Pois bem, em ato contínuo, no sábado (12),  pela manhã, encontrei um amigo que por motivos óbvios irei omitir a sua graça. Disse-me ele: “ Pilako, o blog está de parabéns com as LIVE(s). Estou acompanhando todas. Com relação a de ontem, com o  Major Eudes, gostaria de dizer que ele me fez lembrar de um fato que até hoje me causa um constrangimento danado”.

Evidentemente que arrematei:  o quê foi que aconteceu?  Abaixo, portanto,  segue a história narrada por ele:

“Pilako, éramos todos aprendizes de marinheiro. Isso aconteceu em 1980. Numa sexta-feira saímos do Recife. Estávamos com dinheiro no bolso – eu e mais cinco companheiros – quando resolvemos “pegar” o trem para virmos “brincar” aqui no “Salão Azul”. Fardados, ao ser cobrado no tem, um deles disse que não iria pagar a passagem por ser militar, atitude que,  por brincadeira, foi seguida por todos os outros.  Pois bem, em uma das estações no trajeto, foi solicitado que avisassem à estação daqui  (Vitória) que haviam 6 marinheiros alterando no trem e que fosse comunicado ao comandante do Tiro de Guerra. Com o apito do trem,  anunciando à chegada em Vitória, não sabíamos o que nos esperava na estação. Ao desembarcarmos, estava o então sargento Eudes com cara de poucos amigos. Após passar uma lição de moral em todos nós, na frente de todo mundo, por eu ser o mais antigo, pediu-me para comparecer no outro dia, pela manhã, na sede do Tiro de Guerra. Ao chegar lá, outra lição de moral. Disse  que se ele enviasse uma correspondência para Recife, todos seria desligados da Marinha por mal conduta. Depois de fazer-me prometer que nunca mais faria isso, disse que não iria nos prejudicar. Sai de lá aliviado e com um aprendizado que me acompanhou até eu me aposentar na Marinha”.

Esses fatos aqui narrados faz parte de um recorte de temporal de mais de 40 anos. Entre outras, essa é uma das funções  das “LIVE(s) Memória” do Blog do Pilako. Fazer história,  reviver  e remexer  nos acontecimentos que apenas repousam nas prateleiras e gavetas dos antonenses sintonizados com a nossa cidade. Em breve, irei promover um encontro entre o dito cujo marinheiro aposentado com o Major Eudes.

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