Por ocasião da Missa de Ação de Graças, pela passagem dos dez anos da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – celebrada pelo Monsenhor Maurício Diniz, na Igreja Matriz de Santo Antão, no último sábado (17), encontrei uma pessoa muito importante na história da minha vida, sobretudo, no momento em que serei empossado, a partir do próximo sábado (24), Acadêmico efetivo da referida entidade (AVLAC).
Os meus “primeiros passos” nas letras, por assim dizer, foram dados no Externato Sagrado Coração de Jesus, ou, para melhor entendimento: ESCOLA DA PROFESSORA REGINA, localizada na Praça Dom Luis de Brito, prédio vizinho ao Clube Abanadores “O LEÂO”. Naquele tempo, início dos anos 70, acompanhados das minhas irmãs gêmeas, Alzira e Laura, não era preciso nem atravessar uma rua sequer para chegar à escola, uma vez que morávamos na Avenida Silva Jardim, bastando, portanto, seguir pela mesma calçada até à Praça da Matriz.
Lá, praticávamos o verdadeiro conceito moderno que diz: “todos juntos e misturados”. Alunos de idades diferentes e, portanto, com cargas didáticas distintas dividiam a mesma sala. Um sabia o que o outro estava estudando e vice-versa. Os mais adiantados, aproveitavam para “revisar” o que já havia estudado e, os mais novos já começavam a se familiarizar com os outros assuntos, ainda por vir.
Na hora do recreio – atividade que hoje chamamos de intervalo – a professora Regina nos orientava na travessia da rua para “ganharmos” a Praça da Matriz. Hoje, ao reviver – mentalmente – essas imagens, pergunto: poderia existir, à época, lugar melhor, mais bonito, mais amplo que o Pátio da Matriz para se brincar na hora do recreio?
Portanto, ao encontrar a professora Regina, na Missa da Matriz, no último sábado, nesse momento singular da minha vida, onde assumirei, a partir de amanhã (24), a cadeira de número sete da Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência cujo patrono é o meu avô Célio Meira, não poderia deixar de fazer esse registro marcante. Obrigado, PROFESSORA REGINA!
Bela homenagem para quem deseja externar gratidão e relação de afeto entre aluno e professor. No Japão, só o professor não se curva diante do Imperador, porque não há imperador sem professor. Parabéns a ambos!