Momento Cultural: PARABÉNS AOS PEDREIROS – por Severina Moura

severina moura

Aos pedreiros construtores do progresso
Que debaixo de sol e chuvas vão
Ao trabalho da obra do universo
Para ganhar cada dia o seu pão
Pão dos filhos, da esposa, da família
Que alegres o recebem em união.

Suas mãos calejadas pela pá
Construindo ângulos e paralelas
Dos esquadros as perpendiculares
Retas, curvas e inclinadas.
Dos transferidores sem mazelas.
Calculando volumes matemáticos
Das portas, áreas e janelas.

Esses homens que nem sabem quanto valem
Seus serviços, se bem feitos valem ouro
Se uma aresta não for bem construída
É um desastre, no final um desadoro
E o dono da obra sai perdendo,
Dinheiro, sossego e decoro.

Parabéns a vocês, caros pedreiros,
Que para o dono fazem essa construção
Se orgulhem de tudo o que fazem
Com dosagem certa, e com paixão
Quem ama o que faz, não se arrepende
Porque Deus lhe dá sempre proteção.

Profª Severina Andrade de Moura, nasceu em Vitória de Santo Antão. Foram seus pais: José Elias dos Santos e Doralice Andrade dos Santos. Viúva de Severino Gonçalves de Moura, com quem se casou em 1962. Fez o curso Pedagógico no Colégio N. S. da Graça. Lecionou em Glória do Goitá e Carpina. Concluiu Licenciatura Plena em Letras em Caruaru (1976). Pós-graduação em Língua Portuguesa na Univ. Católica (1982). Ensinou em várias escolas estaduais e municipais na Vitória e ensina atualmente na Escola Agrotécnica e na Faculdade de Formação da Vitória de Santo Antão. Poetisa por vocação. Colabora na imprensa local.

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  1. A professora Severina Moura é um ser humano imitável. Sua educação e gentileza são luminares que todo ser humano deveria cultivar.
    Os versos, poemas da compostos, construídos pela mesma passam muito do “EU” da poetisa: antenada com o dia-a-dia do ser humano…
    Esta poetisa alia inspiração e observação nos versos que a tantos anos nos presenteia gentilmente.
    Severina Moura é daqueles seres humanos enobrecem a Terra de Osman Lins!; a mesma mesmo vivendo na nossa problemática Urbis, e daqui se alimentando, bebendo das fontes “provincianas” mantem-se antenada com o Orbi.
    Pilako, a nobre poetisa, no burilar de seus versos ama gratuitamente, e, este dizer poético do Gigante Padre Antonio Vieira: “O amor fino não busca causa nem fruto…”, simboliza a nossa poetisa. Severina Moura ama, e ama muito, e nesse seu amar muito Ela ama e compõe gratuitamente.
    Deixo para a mesma esta definição G K Chesterton, que também me lembra a poetisa:
    ” Toda grande literatura sempre foi alegórica, alegórica de um aspecto do universo inteiro. A Ilíada só é grande porque a vida é ali uma batalha, a Odisseia, porque a vida é uma jornada, e o Livro de Jó, porque a vida é um enigma. “

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