Momento Cultural: Caveira – por Henrique de Holanda

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Da nudez em que vive na demência,
traduzes bem o desmoronamento.
lar que serviu de abrigo à inteligência
e onde hoje reside o esquecimento.

Outrora tu vivias na opulência:
carne, vaidade, amor, deslumbramento,
beijo, pecado, embriaguez, ardência,
e hoje, de tudo isso, o isolamento.

No mundo, tu viveste mascarada.
Hoje, porém, com a face descarnada,
Tens do teu rosto a máscara caída…

Retrato original da humanidade:
Ressaca para toda a eternidade
depois da grande dança desta vida!…

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 12).

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